OAB reverte suspensão de advogados investigados pelo Ministério Público

Publicado:

compartilhe esse conteúdo

Dois advogados que estavam sob investigação na Operação Data Venia, conduzida pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) em abril, receberam a decisão de poderem retornar às atividades profissionais. Em maio, João Luiz de Lima Oliveira Junior e Pedro Francisco Guimarães Solino tiveram seus registros na seccional baiana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-BA) suspensos.

Agora, em uma medida liminar, a OAB-BA decidiu conceder efeito suspensivo à penalidade, declarando que Oliveira Junior e Solino estão autorizados a exercer a advocacia. Conforme comunicado veiculado nesta quinta-feira (8), o efeito suspensivo permanecerá em vigor até o julgamento final do recurso. A Corregedoria-Geral de Justiça (CGJ) do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) foi notificada sobre a decisão.

Juntamente com outros dois advogados, eles são acusados de praticar a advocacia predatória, que consiste em apresentar em massa ações com pedidos semelhantes contra uma pessoa ou grupo específico. João Luiz e Pedro Francisco são sócios no escritório Solino e Oliveira Advogados Associados.

O grupo enfrenta acusações de falsificação de documento particular e apropriação indébita. Segundo levantamento realizado pelo Centro de Inteligência da Justiça Estadual da Bahia (CIJEBA) do TJ-BA, foram protocoladas milhares de ações judiciais, principalmente nas Varas do Juizado Especial de Defesa do Consumidor, contra uma mesma instituição bancária, utilizando documentos adulterados.

João Luiz Lima de Oliveira Junior e Pedro Francisco Solino afirmaram que as acusações “não surgiram de clientes, mas de grandes empresas incomodadas com o sucesso do escritório na defesa combativa dos direitos de seus constituintes, em sua maioria pessoas de baixa renda, aposentados e pensionistas, que sofrem muito com práticas arbitrárias e abusivas dessas instituições, práticas que precisam ser levadas ao julgamento do Poder Judiciário”.

A 1ª Vara Criminal Especializada havia determinado a suspensão das atividades advocatícias dos investigados e o bloqueio de ativos no valor de R$ 309.151,00 dos dois escritórios de advocacia e de seus sócios – além de Antonio Leonardo Souza Rosa e Leonardo Rodrigues Pimentel. A operação do MP-BA resultou na apreensão de 10 mil dólares em espécie, documentos e celulares.

Facebook Comments

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Veículo apreendido era a última peça de esquema de clonagem que já tinha dono preso, diz delegado

Itamaraju registrou a apreensão de uma caminhonete Fiat Strada com fortes indícios de clonagem na manhã deste domingo (28). A ação, realizada pela...

Preso que fez refém durante ‘saidinha’ foi localizado por sinal emitido pela tornozeleira eletrônica

Um detento condenado por latrocínio, que cumpria pena em regime provisório e estava em saidinha temporária de fim de ano, foi preso em...

Casal de turistas se manifesta após agressão em Porto de Galinhas

Um casal de turistas de Mato Grosso foi agredido em Porto de Galinhas, no litoral de Pernambuco, após questionarem o valor cobrado pelo...