‘Silvio veio com uma missão: trazer alegria’, afirmou Faustão
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Faustão realiza hemodiálise duas vezes por semana no hospital Albert Einstein, em São Paulo, devido à insuficiência renal. Foi nessa mesma instituição que Silvio Santos faleceu no último sábado (17) em decorrência de uma broncopneumonia. Fausto Silva estava ciente de que seu colega estava hospitalizado, porém decidiu não visitá-lo.
“Eu sabia da situação do Silvio, mas optei por não visitá-lo para não incomodá-lo”, explicou Faustão ao Fantástico no domingo (18). “Quando alguém está hospitalizado, geralmente não deseja muitas visitas, a própria família já é suficiente. Eu também não queria visitas quando estive internado”, justificou.
Em relação a Silvio Santos, com quem competiu por décadas pela audiência dominical, Faustão fez questão de expressar seus elogios e respeito.
“Ele foi o verdadeiro rei da TV brasileira”, mencionou. “Silvio veio com uma missão: trazer alegria. Ele também incorporou o empreendedorismo. Quantas pessoas ele ajudou. Ele se envolveu no jogo da vida, ganhando, perdendo, empatando, mas sempre esteve ativo”, afirmou Faustão.
“Ele deixa um legado imenso não apenas pela sua atuação na televisão, mas também por sua história de vida, pelas dificuldades que enfrentou. Eu tive oportunidades, estudei em boas escolas, fiz faculdade. Já ele, aos 14 anos, vendia canetas. Enfrentou dificuldades e preconceito. Naquela época, o preconceito contra judeus era muito significativo”, destacou.
Faustão, que foi presença marcante na Globo por mais de 30 anos, não tem aparecido na emissora desde 2021. Em janeiro de 2022, estreou na Band, mas precisou se afastar por problemas de saúde cerca de um ano depois. Quando questionado por Renata Ceribelli se deseja retornar ao trabalho, foi evasivo: “Temos muitos apresentadores competentes, como Luciano Huck, Rodrigo Faro, Marcos Mion”, enumerou.
Portador de dois órgãos transplantados, rim e coração, Faustão mencionou em entrevista que está cuidando de sua saúde com fisioterapia, ginástica e as sessões de diálise que integram seu tratamento.
“Meu coração tem a saúde de um atleta de 35 anos, mas é preciso cuidar do resto”, brincou. “Nunca fumei, nem bebi, não consumo licores, cervejas ou drogas. Tive que passar por transplantes devido a questões de saúde. Se tive a oportunidade de retornar, vejo isso como uma grande responsabilidade”, concluiu.
Ao lado do luto pela perda de Silvio, o apresentador expressou tristeza pela recente morte de Caçulinha, falecido em 5 de março. O músico participou de seu programa na Globo por mais de duas décadas.
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