Os representantes de Caetano Veloso moveram ação na Justiça do Rio de Janeiro, alegando que o juiz Alexandre de Carvalho, da 1ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio, foi parcial no julgamento da ação contra a marca Osklen.
De acordo com o colunista Ancelmo Gois, do jornal ‘O Globo’, os advogados do cantor argumentam que a decisão que absolveu a Osklen da acusação de uso indevido do movimento Tropicalismo está “contaminada por convicções e opiniões pessoais, internas e subjetivas do magistrado”.
Na petição de suspeição, Caetano e seus advogados mencionam uma série de sites e páginas seguidas pelo juiz, classificados como de “extrema-direita”. Também é citado que o juiz é adepto de figuras como Olavo de Carvalho, Jair Bolsonaro e seus três filhos.
“O juiz atuou de fato em favor de uma das partes (os réus) ao invés de permitir a fase de provas para esclarecimentos necessários solicitados pelo autor, o que não apenas leva à anulação da sentença, mas revela sua clara parcialidade”.
A ação movida por Caetano, que incluía um pedido de indenização de R$ 1,3 milhão, acusa a marca de se beneficiar indevidamente da imagem do cantor na campanha de verão intitulada “Brazilian Soul”, que teria referências ao músico e ao Tropicalismo.
O juiz determinou que é “impraticável” impedir que pessoas se inspirem no movimento artístico e destacou que o próprio termo “Tropicália” não foi criado por Caetano.

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