O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, divulgou que tem um plano de paz em andamento, o qual será apresentado até novembro, e levantou a questão sobre a concordância dos russos com o mesmo. Além disso, Zelensky afirmou estar aberto a negociar a devolução das terras russas que foram ocupadas neste mês.
A declaração foi feita durante uma entrevista com o apresentador Luciano Huck, em meio a um dos mais intensos bombardeios russos no território ucraniano.
O líder questionou se os russos estão dispostos a devolver suas próprias terras, assim como ele está preparado para utilizar as terras tomadas como forma de barganha.
Cerca de uma semana após a incursão em Kursk, o presidente Volodymyr Zelensky declarou que parte da cidade fronteiriça, localizada em território russo, está sob controle ucraniano. Esta declaração foi feita durante uma conversa realizada na última terça-feira (13/8) com o chefe do Estado-Maior ucraniano, Oleksandr Syrskyi.
Acredita-se que a progressão russa tenha alcançado a cidade de Pokrovsk, na Ucrânia, após avanços significativos das tropas de Vladimir Putin no último mês.
“É crucial que todos estejam atentos, pois Putin não está preparado. Isso demonstra que ele não valoriza sua população. Esta situação não se trata de nós. É puramente uma questão de ambição. Toda essa guerra é impulsionada pela ambição de um único indivíduo”, relatou o presidente.
Zelensky continua a defender seu plano de paz, que está prestes a ser apresentado, e afirmou que buscará primeiramente o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, como parceiro, conforme noticiou o jornal O Globo.
Zelensky volta a criticar postura do Brasil
Zelensky também criticou a postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmando que não é uma posição ‘honesta’, uma vez que é amplamente reconhecido quem foi o responsável por iniciar o conflito. O presidente ainda comentou que Lula parece estar preso às narrativas da antiga União Soviética.
“Ele enxerga a Rússia como se a União Soviética ainda existisse hoje. A China é considerada um país democrático? Não. E o que dizer do Irã? É democrático? Não. E a Coreia do Norte? Também não é um país democrático. Então, por que o Brasil, um grande país democrático, está se posicionando ao lado desses países?”, questionou durante a entrevista.

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