O ex-agente do Serviço Federal de Segurança russo (FSB, sigla em russo; antiga KGB), Vadim Krasikov, que foi condenado à prisão perpétua por homicídio na Alemanha e foi um dos principais atores na maior troca de prisioneiros entre a Rússia e o Ocidente desde a Guerra Fria, possui uma relação direta com vários guarda-costas do presidente Vladimir Putin, de acordo com informações divulgadas hoje (2) pelo Kremlin. Krasikov fazia parte do “grupo de elite Alfa do FSB, onde serviu com alguns membros da equipe de segurança do presidente”, afirmou o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, durante sua coletiva de imprensa diária. Peskov ainda mencionou que “é evidente que eles se cumprimentaram ontem à noite”, em referência à recepção realizada por Putin no aeroporto aos oito russos libertados na troca.
A libertação de Krasikov era a principal demanda do Kremlin nesse processo de troca de prisioneiros com o Ocidente. Em declarações feitas à imprensa ocidental, Putin defendeu a ação do agente no assassinato ocorrido, afirmando que ele estava cumprindo seu dever patriótico ao eliminar um criminoso associado à guerrilha separatista chechena. Por esse motivo, não foi por acaso que Krasikov foi o primeiro a desembarcar do avião ao chegar em solo russo, e também o primeiro a receber um abraço do líder do Kremlin. O porta-voz do Kremlin explicou hoje que Putin fez questão de receber pessoalmente os libertados no pé da escada do avião como uma “homenagem”.
“Isso é muito significativo. É uma honra para aquelas pessoas que servem sua nação e que, diante de grandes desafios, graças ao trabalho árduo de muitos, conseguiram retornar ao seu país de origem”, declarou. O FSB confirmou ontem a libertação de oito russos detidos em países da OTAN em troca de 15 russos e estrangeiros que estavam cumprindo pena em prisões na Rússia, além de um cidadão alemão condenado à morte em Belarus.
*Com informações da Agência EFE
Publicado por Marcelo Bamonte
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