Brasil participa de iniciativa de supertelescópio para mapear o céu do Hemisfério Sul ao longo de uma década
O ambicioso projeto Legacy Survey of Space and Time (LSST) está prestes a dar início à sua fase operacional, com o propósito de realizar o mapeamento do céu do Hemisfério Sul ao longo de um período de 10 anos. Com um investimento total de US$ 1 bilhão, o Brasil se junta aos Estados Unidos e ao Chile em uma colaboração científica de longo prazo até 2038, através do Laboratório Interinstitucional de e-Astronomia (LineA).
Na semana seguinte, os testes da câmera do supertelescópio serão iniciados, com previsão para as primeiras imagens serem divulgadas em setembro. O projeto conta com a participação de 170 profissionais brasileiros, entre estudantes, jovens pesquisadores e técnicos, representando 26 instituições de 12 estados distintos. O supertelescópio, localizado no Chile, possui um impressionante diâmetro de 8,4 metros e abriga a maior câmera digital do mundo, com incríveis 3,2 bilhões de pixels.
Sob a coordenação do Observatório Vera C. Rubin, o LSST conduzirá um abrangente levantamento fotométrico do Hemisfério Sul, capturando imagens de alta resolução. O Brasil terá uma função fundamental na gestão de um centro de dados, encarregado do armazenamento e processamento das informações coletadas. O Independent Data Access Center (IDAC), iniciado em 2021, será integrado a uma rede global de dados.
Luiz Nicolaci da Costa, astrofísico e diretor do LineA, destaca que as informações geradas pelo projeto estarão disponíveis a partir do segundo semestre deste ano. Um dos principais objetivos do LSST é estudar a energia escura, um componente essencial para a compreensão da física fundamental. O projeto promete revolucionar a análise de dados astronômicos, abrindo caminho para o Brasil desenvolver novas soluções em computação e avançar na área de inteligência artificial.
Publicado por Sarah Américo
*Reportagem produzida com auxílio de IA
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