Após a eliminação do Palmeiras na Libertadores, Abel Ferreira, líder do verdão, destacou a palavra ‘eficiência’ como ponto central para analisar os erros e acertos da equipe. Na visão do treinador, a falta dela definiu a queda nas oitavas de final para o Botafogo. Segundo o português, o rival foi letal no ataque no momento em que o Palmeiras controlava a partida, que acabou em empate por 2 a 2, aumentando a tensão no Allianz Parque. “Há coisas que não controlamos. Sofremos dois gols no nosso melhor momento do jogo. O Botafogo foi extremamente letal”, resumiu Ferreira. Para ele, o futebol é eficácia e felicidade, elementos que faltaram ao Palmeiras no jogo. “A partir do momento em que controlamos o jogo, faltou eficácia. É uma pena que os gols tenham chegado tarde”.
Orgulhoso da dedicação e desempenho da equipe, Ferreira elogiou a reação com dois gols no fim do jogo e o gol de desempate que levaria a disputa para os pênaltis, empolgando a torcida. No entanto, o gol de Gustavo Gómez foi anulado, pois ele dominou a bola com a mão antes de finalizar. “O que posso dizer sobre a bola que bateu na mão do Gómez? É futebol. Às vezes se ganha, outras se perde. Se tivesse batido na coxa, estaríamos aqui falando sobre a classificação”, lamentou o técnico sobre o lance que foi anulado após revisão no VAR pelo árbitro Facundo Tello.
“Caímos de forma digna contra o Flamengo com todas as adversidades do jogo, assim como caímos contra o Botafogo de cabeça erguida”, acrescentou o treinador, mencionando também a eliminação na Copa do Brasil, onde o Palmeiras dominou a segunda partida contra o Flamengo. As duas eliminações precoces reduzem o calendário do Palmeiras, que terá apenas o Brasileirão para disputar no segundo semestre. “Agora vamos lutar até o fim pelo último objetivo que nos resta”.
Em declarações recentes, Abel mencionou a existência de “problemas emocionais” no time, mas não entrou em detalhes específicos. Ele destacou que as lesões tiveram um papel fundamental nos resultados negativos consecutivos da equipe. “Enfrentamos questões físicas dentro do plantel. Só agora consegui ter 80% do elenco à disposição”, lamentou, lembrando especialmente da ausência do craque Estêvão. O jovem atacante voltou somente no último jogo, contra o São Paulo, e sua falta foi sentida nos jogos em que esteve ausente.
Em relação ao apoio da torcida, Abel elogiou a atitude dos torcedores, que não vaiaram a equipe mesmo quando estava perdendo por 2 a 0 e aplaudiram os jogadores no final da partida. No entanto, o técnico criticou a imprensa de modo geral. “Nossos jogadores recebem muito carinho pessoalmente dos torcedores. Já expliquei a eles como o futebol funciona. Nós recebemos pelo nosso esforço. Vocês (jornalistas) recebem pelas notícias, programas e pelas polêmicas que criam. Alguns criam personagens para atrair audiência. Isso é um ciclo. Alguns ganham diretamente, outros indiretamente. Eu me esforço para diferenciar o que é virtual do que é real ao transmitir informações”, declarou.
*Com informações do Estadão
Publicado por Marcelo Bamonte
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