Confirmação de corte na taxa de juros dos EUA derruba dólar, a R$ 5,49

Publicado:

O pronunciamento do presidente do Federal Reserve (FED), Jerome Powell, indicando a necessidade de ajustes na política monetária dos Estados Unidos, resultou na queda do dólar. A moeda americana, que havia alcançado o valor próximo a R$ 5,59 nesta sexta-feira (23/8), recuou para R$ 5,49 por volta de 12h20. Simultaneamente, o índice Ibovespa apresentava alta de 0,90%, atingindo 136.395 pontos.

No aguardado discurso durante o Simpósio de Jackson Hole, Powell confirmou a expectativa de redução da taxa de juros na reunião de setembro do FED, porém sem especificar o tamanho do corte ou fazer previsões futuras. Ele destacou que: “A direção está clara, e a velocidade e magnitude dos cortes nos juros dependerão dos dados recebidos, da evolução das perspectivas e do equilíbrio dos riscos”.

Além disso, Powell mencionou que as distorções causadas pela pandemia estão diminuindo, com a inflação se aproximando da meta do FED. Ele declarou: “Minha confiança aumentou de que a inflação está caindo de maneira sustentável em direção à meta de 2%”.

O atual nível da taxa de juros básica proporciona margem para lidar com quaisquer riscos iminentes, incluindo o perigo de um enfraquecimento adicional indesejado nas condições do mercado de trabalho. Powell também se comprometeu a “fazer tudo o que puder para sustentar um mercado de trabalho sólido”.

A redução das taxas de juros nos EUA diminui os rendimentos dos títulos do Tesouro americano, levando os investidores a buscar aplicações mais arriscadas em busca de melhores retornos. Essa mudança resulta na desvalorização do dólar e beneficia o mercado de ações como um todo. Países com taxas de juros elevadas, como o Brasil, tornam-se atrativos para os investidores, explicando o desempenho positivo do Ibovespa. Essa medida também pode influenciar a decisão relacionada a um possível corte na taxa Selic.

Diante desse cenário, Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad, observa: “Os mercados nos EUA reagiram positivamente e o dólar se desvalorizou. Setembro marcará o início de um novo capítulo na luta contra a inflação pós-pandêmica. Enquanto nos EUA o afrouxamento monetário é uma realidade, aqui no Brasil estamos debatendo a possibilidade de novos apertos. A probabilidade de um aumento da Selic já em setembro parece reduzir se o corte nos EUA for de 0,5. Por outro lado, se o corte for de 0,25, pode ser difícil evitar essa ação”.

Comentários Facebook

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Rogério Ceni analisa desempenho do Bahia contra o Juventude: “Construímos um placar merecido”

Em uma tarde memorável na Casa de Apostas Arena Fonte Nova, o Bahia dominou o Juventude, vencendo por 3 a 0 e consolidando...

Casa fica destruída após ser atingida por um incêndio em Planaltina

Na noite de domingo (27/7), um grave incêndio devastou uma residência na quadra 15 do Bairro Nossa Senhora de Fátima, em Planaltina. As...