Em meio a ataques da Ucrânia contra Rússia, Putin busca aliados

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A investida da Ucrânia no território russo continua em meio à prolongada guerra no Leste Europeu, demonstrando novos capítulos após os recentes ataques a Kursk. Diante dessa situação sem precedentes, nos últimos dias, Vladimir Putin buscou apoio entre aliados.

O ataque à cidade russa teve início em 6 de agosto. Poucos dias depois, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que as forças armadas ucranianas haviam conquistado parte do território da região.

Zelensky, porém, negou que a ofensiva tenha a intenção de ocupar o território russo ou expandir o conflito. Segundo ele, o propósito é estabelecer uma zona-tampão de segurança para a Ucrânia.

Além da ocupação em Kursk, a Ucrânia realizou um dos maiores ataques com drones contra a Rússia na quarta-feira (21/8). Essa ação, que incluiu um ataque à capital Moscou, elevou ainda mais a tensão entre os dois países.

Reuniões com Aliados Regionais

Enquanto a Ucrânia promove ofensivas contra a Rússia, Putin realizou duas viagens com o intuito de se reunir com dois aliados regionais.

A primeira parada foi no Azerbaijão, onde o líder russo se encontrou com o presidente Ilham Aliyev na última segunda-feira (19/8). Durante o encontro, foram assinados acordos de cooperação em diversas áreas, com destaque para o setor econômico.

Foi anunciado um investimento de US$ 120 milhões na área de transporte de carga entre a Rússia e o Azerbaijão. Esta parceria se tornou crucial para a Rússia após o país sofrer sanções econômicas devido à guerra na Ucrânia.

Em seguida, o presidente russo visitou a Chechênia, antiga república soviética que não era visitada por um chefe de Estado russo há treze anos.

Além das formalidades típicas desses encontros, Putin dialogou com soldados de um centro de treinamento militar do país ao lado do presidente checheno, Ramzan Kadyrov.

De acordo com o Kremlin, esse centro já formou “mais de 47 mil especialistas que participaram ou lideraram” a “operação militar especial” na Ucrânia desde 2022.

Após a visita, Kadyrov indicou que uma nova leva de soldados está pronta para se juntar às forças russas no conflito.

“O próximo grupo de voluntários partirá em missão de combate nos próximos dias”, escreveu o presidente checheno em uma postagem no Telegram.

China

Paralelamente aos ataques à Rússia, Putin recebeu o primeiro-ministro chinês, Li Quiang, em Moscou.

No encontro, o líder russo revelou que Moscou e Pequim têm planos de cooperação “em larga escala” para os próximos anos.

“Nossos países desenvolveram planos e projetos conjuntos de grande envergadura nas áreas econômica e humanitária, projetados para muitos anos”, declarou Putin.

O Kremlin informou que a reunião também serviu para finalizar acordos estabelecidos durante um encontro entre os presidentes russo e chinês no início de julho.

Desde o início do conflito, em fevereiro de 2022, Putin encontrou respaldo contra o isolamento internacional na China de Xi Jinping.

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