Os Estados Unidos apontaram o Irã como responsável pelo ataque cibernético contra a campanha de Donald Trump, segundo agências federais de inteligência. Em comunicado divulgado nesta segunda-feira (19), o FBI, o ODNI e a Cisa afirmaram que observaram uma crescente atividade agressiva do Irã durante o ciclo eleitoral, incluindo as ações para comprometer a campanha do ex-presidente Trump.
A equipe de campanha de Trump relatou ter sido alvo de um ataque cibernético em 10 de agosto, atribuindo a autoria a “fontes estrangeiras” que vazaram comunicações internas e informações sobre J.D. Vance, seu companheiro de chapa republicano.
A inteligência dos Estados Unidos alega que o Irã tentou contatar “pessoas com acesso direto à campanha presidencial de ambos os partidos”, com o intuito de semear a discórdia e minar a confiança nas instituições democráticas. Em resposta, os EUA alertaram que qualquer interferência nas eleições presidenciais terá consequências e que estão preparados para responsabilizar o Irã.
É importante ressaltar que a estratégia de interferência em eleições não é nova, sendo utilizada não apenas nos Estados Unidos, mas em outros países também pelo Irã e Rússia, conforme destacado no comunicado emitido pelas agências de inteligência. Em 2016, ocorreu o hackeamento de e-mails do Partido Democrata, especialmente os da então candidata Hillary Clinton, em meio à disputa com Donald Trump, que foi eleito presidente.
Posteriormente, os serviços de inteligência americanos concluíram que a Rússia influenciou as eleições de 2016 a favor de Trump, uma alegação que o presidente republicano nega categoricamente. Esses eventos ressaltam a constante ameaça cibernética e a interferência estrangeira na política dos EUA, gerando preocupações em relação à segurança e integridade do processo eleitoral no país.
[Com informações da AFP]
Publicado por Sarah Américo
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