Vários influenciadores digitais declararam ter recebido dinheiro de Pablo Marçal (PRTB) para compartilhar “cortes” de vídeos do candidato à Prefeitura de São Paulo em suas redes sociais. Essa afirmação foi feita por dois ex-participantes do La Casa Digital, um programa de marketing produzido pelo empresário e veiculado no YouTube.
Um dos ex-participantes, Gabriel Godoy, que esteve na terceira edição do programa, afirmou que Pablo Marçal mentiu para a Justiça Eleitoral ao dizer que não remunerava pela divulgação dos cortes. Os vídeos em questão foram alvo de investigação pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), que solicitou a suspensão da candidatura do empresário por suposto abuso de poder econômico. Apesar disso, o pedido foi negado pelo TRE-SP.
Godoy divulgou um vídeo de outro colega do reality, Daniel Sorriso, no qual ele alega receber de R$ 5 mil a R$ 8 mil para publicar os cortes de Marçal em suas redes sociais. O influenciador ainda fornece supostas orientações para que novos usuários possam lucrar divulgando o material através de um canal no aplicativo Discord. Daniel Sorriso, procurado, não respondeu aos contatos.
O pedido de suspensão da candidatura de Marçal feito pelo MPE surgiu de uma ação movida pelo PSB, partido da concorrente Tabata Amaral. O partido alegou que o empresário pagou a diversos perfis no Instagram e no TikTok para disseminarem seus vídeos.
Marçal refuta as acusações
Marçal, em comunicado, negou qualquer infração: “Não há financiamento por trás disso, nem durante a pré-campanha nem na campanha. Isso é apenas uma tentativa desesperada do bloco da esquerda, MDB, PSB, PT e PSOL, de tentar frear quem realmente vencerá as eleições. Essa manobra somente reforça o medo do impacto de Marçal, mas eles não conseguirão nos deter.”
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo rejeitou o pedido de impugnação da candidatura de Pablo Marçal à Prefeitura de São Paulo. A decisão foi divulgada nesta quarta-feira (21/8). O juiz eleitoral Antonio Maria Patiño Zorz da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo afirmou que a suspensão do registro da candidatura de Pablo Marçal poderia resultar na ausência do nome do candidato nas urnas eletrônicas e “acarretar perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão”, podendo levar à anulação das eleições.
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