O ex-sargento da Polícia Militar, Ronnie Lessa, prestou depoimento por duas horas em uma audiência virtual no Supremo Tribunal Federal (STF) na última terça-feira (27). Durante seu depoimento, Lessa abordou os supostos esquemas de corrupção nas forças policiais do Rio de Janeiro.
Lessa afirmou que, caso ocorresse uma investigação sobre corrupção dentro da polícia carioca, muitos delegados estariam envolvidos. “Não haveria escapatória. Apenas alguns poucos se salvariam. Esta é a realidade da Polícia Civil. E não é diferente na PM. É tudo a mesma coisa. As forças policiais do Rio de Janeiro estão contaminadas há décadas”, declarou.
Quanto a práticas do passado, Lessa relatou que antigamente, quando os inquéritos eram físicos, bastava pagar R$ 50 mil para que policiais civis destruíssem os documentos. “No passado, pegava-se o inquérito, colocava-se debaixo do braço, jogava-se gasolina e ateava fogo. Estantes inteiras de processos desapareciam. Com a digitalização, tornou-se mais difícil. Hoje, tentam manipular o processo, desviá-lo para outro foco, mas antes, a prática era mais direta: subornava-se e destruía-se o processo físico”, detalhou Lessa.
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