A ex-primeira-dama da Argentina, Fabiola Yáñez, fez declarações impactantes durante uma audiência judicial realizada recentemente. Ela afirmou que foi coagida pelo ex-presidente Alberto Fernández a realizar um aborto.
No início deste mês, Yáñez denunciou Fernández por violência doméstica. Apesar de o ex-presidente negar as acusações, medidas foram tomadas pela justiça, como a apreensão de seu telefone e proibição de sair do país ou se aproximar da ex-esposa.
Yáñez participou da audiência no Consulado da Argentina na Espanha, onde reside desde a saída de Fernández da presidência em dezembro de 2023. Essa foi a primeira vez que ela prestou depoimento desde que fez a denúncia contra o ex-mandatário.
Durante seu testemunho, Yáñez forneceu detalhes que, segundo ela, corroboram as denúncias feitas em um documento enviado previamente à justiça. Ela solicita que os atos de violência sejam enquadrados como “lesões graves, agravadas pelo vínculo e no contexto de violência de gênero com abuso de poder e autoridade”.
A ex-primeira-dama relata que Fernández a pressionou a abortar, alegando que não estava preparado para ser pai. Ela menciona que ele começou a ignorá-la, tornando-a invisível em sua própria casa, enquanto carregava o filho do casal em seu ventre.
Yáñez revelou que, devido à pressão sofrida, acabou tomando a “terrível decisão” de interromper a gravidez, o que resultou em danos psicológicos e emocionais profundos para ela.
Essas acusações têm gerado grande comoção na Argentina e no cenário político internacional, levantando debates sobre questões de violência doméstica, aborto e abuso de poder. A defesa de Alberto Fernández tem rebatido as acusações, afirmando que não houve coerção ou violência por parte do ex-presidente.
Esse caso segue em andamento, e a justiça deverá analisar cuidadosamente as evidências apresentadas por Fabiola Yáñez, a fim de esclarecer os fatos e tomar as medidas cabíveis de acordo com a legislação argentina.
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