A Família real britânica está prestes a receber um adicional de 45 milhões de libras (aproximadamente R$ 300 milhões) este ano, devido ao lucro excepcional alcançado pelas propriedades da Coroa. Esse resultado recorde foi impulsionado pelos parques de turbinas eólicas offshore, dos quais a realeza detém a maior parte da costa do Reino Unido.
No total, as propriedades registraram um lucro de 1,1 bilhão de libras, equivalente a R$ 8 bilhões, mais que o dobro do ano anterior, quando o lucro foi de 442 milhões de libras (R$ 3,2 bilhões). Com isso, a família real receberá um total de 86 milhões de libras (R$ 630 milhões).
Além das áreas marítimas responsáveis por esse aumento, a Coroa britânica também obtém receita com o aluguel de propriedades lucrativas em regiões nobres de Londres e no interior, incluindo terrenos agrícolas e de mineração. Estima-se que a família real seja dona direta de mais de 1% de todo o território do país.
Todo esse lucro pertence ao governo do Reino Unido e é destinado ao tesouro nacional. Embora o governo controle as decisões financeiras da Coroa, uma parte dos ganhos é repassada à família real anualmente.
Os recursos recebidos são utilizados para financiar o estilo de vida da realeza, incluindo a manutenção dos palácios e propriedades, salários dos funcionários, viagens e entretenimento. Neste ano, um representante do Rei Charles anunciou que o montante será destinado à aquisição de dois novos helicópteros e à reforma do Palácio de Buckingham.
O aumento do lucro foi impulsionado pelos aluguéis pagos por empresas que operam parques eólicos na costa britânica, um setor em expansão devido aos esforços do país em reduzir o uso de combustíveis fósseis. No entanto, é importante ressaltar que esse lucro pode não ser sustentável a longo prazo, uma vez que os contratos de aluguel dos parques eólicos preveem reduções significativas após um período de três a dez anos.
Uma legislação aprovada em 2004, durante o governo do primeiro-ministro David Cameron, permitiu que a Coroa lucrasse diretamente com a energia eólica offshore, estabelecendo uma diferenciação em relação à exploração de gás e petróleo, que é administrada pelo governo britânico desde 1934.
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