As investigações conduzidas pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) revelaram a identidade de Thiago Braga Martins, de 39 anos, como mentor da tentativa de roubo à loja de armas Delta Guns, em Ceilândia. O indivíduo é frequentemente mencionado em registros criminais, possuindo passagens por homicídios, roubos e sendo considerado um especialista em arrombamento de cofres.
Os detalhes da investigação apontam que o mentor da ação possui expertise em crimes contra o patrimônio. O delegado Tiago Carvalho, diretor da Divisão de Repressão a Roubos e Furtos, mencionou: “Quando chegamos até ele, tudo passou a fazer sentido, pois poucas pessoas no país teriam a capacidade de elaborar um plano como esse”.
Apurações da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri) identificaram quatro indivíduos responsáveis pela invasão a uma loja de armas em Ceilândia e pelo roubo de um arsenal no estabelecimento, em junho passado.
A partir dos depoimentos dos membros da quadrilha, os investigadores descobriram que, na realidade, o proprietário da loja furtada, o empresário Tiago Henrique Nunes de Lima, tentou interferir nas investigações policiais ao fornecer informações incorretas sobre a quantidade de armas supostamente levadas.
Bandidos invadiram um estabelecimento em Ceilândia ao abrirem um buraco na parede da loja vizinha para acessar a sala-cofre onde ficava o arsenal. Os criminosos conseguiram realizar a ação graças ao aluguel recente do estabelecimento vizinho.
O empresário Tiago Henrique Nunes de Lima, dono da loja de armas furtada, foi vítima do roubo. Imagens mostram as armas apreendidas e o local onde o crime ocorreu, chamado Delta Guns.
A ação criminosa chamou a atenção para a vulnerabilidade das lojas de armas e a necessidade de medidas mais eficazes para proteger esse tipo de estabelecimento. O acesso à sala-cofre foi facilitado devido à ligação com a loja vizinha.
A polícia investiga o caso e busca identificar os responsáveis pelo roubo. A comunidade local manifestou preocupação com a segurança da região e espera que medidas adicionais sejam tomadas para evitar que situações semelhantes ocorram no futuro.Há aproximadamente um mês, agentes policiais detiveram os seguintes suspeitos: uma mulher de 33 anos; um homem de 68 anos; outro indivíduo de 35 anos; e um de 39 anos – este último considerado o mentor do roubo e identificado como Thiago Braga Martins.
O grupo havia invadido a loja com a intenção de furtar armas de fogo. No entanto, Thiago Braga informou à polícia que não encontrou as armas, as quais supostamente haviam desaparecido e foram reportadas pelo empresário Tiago Henrique. Posteriormente, a Polícia Civil do Distrito Federal descobriu que o dono da loja havia vendido ilegalmente os itens.
A primeira prisão decorrente desta operação foi a da mulher. As investigações revelaram que ela teria utilizado documentos falsos para alugar o imóvel ao lado da loja de armas. Os criminosos usaram esse local para abrir um buraco na parede e acessar o estabelecimento vizinho. Os demais suspeitos foram detidos pela polícia em seguida.
A quadrilha encontra-se detida há cerca de um mês. “A operação foi conduzida de forma extremamente sigilosa, devido ao grande número de envolvidos. Se um deles soubesse da prisão do outro, isso teria comprometido a investigação”, comentou o delegado Tiago Carvalho.
**Vendas ilegais anteriores ao incidente**
Quando a Polícia Civil identificou Tiago, ele havia sido recentemente preso em Palmas (TO) por arrombar uma joalheria na região. “Ao confrontá-lo, o investigado admitiu ser o responsável pelo plano, ter arrombado o estabelecimento e ter entrado na loja no Distrito Federal. Ele também mencionou que, para sua própria surpresa, ao entrar no comércio, não encontrou nenhuma arma”, completou o delegado.
Com base nessa informação, a Polícia Civil iniciou uma investigação sobre uma possível comunicação falsa de crime por parte do dono da loja de armas e constatou que o empresário havia vendido armas e munições ilegalmente antes de relatar o incidente de invasão ao comércio. Na época, Tiago Henrique informou à polícia que 76 armas de fogo haviam sumido da loja.
“Há filmagens que mostram o grupo invasor deixando a loja com um objeto não identificado. Portanto, acredita-se que eles tenham levado alguns itens, mas não todos os que foram mencionados pelo empresário. Conseguimos demonstrar de forma técnica, através das câmeras de segurança, que seria inviável transportar todo o arsenal em um curto período de tempo: 76 armas de fogo e 2,5 mil munições”, afirmou o delegado.
O dono da loja foi preso por obstrução de justiça e por envolvimento na comercialização irregular de armas de fogo, tendo sua prisão preventiva decretada na última segunda-feira (19/8).
A operação da manhã resultou no cumprimento de 12 mandados de busca e apreensão. Ademais, a Polícia Civil apreendeu 69 armas de fogo, munições e acessórios pertencentes ao empresário, a fim de evitar que também fossem comercializados ilegalmente.
Até o momento, não foram encontradas conexões entre os criminosos que invadiram a loja e o empresário. Os integrantes da quadrilha deverão responder por falsificação de documentos, uso de documentos falsos, furto qualificado, comércio ilegal de armas de fogo e associação criminosa, crimes que acarretam penas de 1 a 12 anos de reclusão.
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