Em julho, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), calculado pelo IBGE, alcançou 0,18% na Região Metropolitana de Salvador (RMS).
O indicador teve uma significativa aceleração em relação a junho, quando estava em -0,04%, mas permaneceu abaixo do registrado em julho de 2023 (0,25%). Além disso, foi a menor inflação entre os 16 locais pesquisados individualmente no país, empatando com Aracaju/SE.
No Brasil, o IPCA de julho atingiu 0,38%. As maiores inflações ocorreram em São Luís/MA (0,53%), Rio Branco/AC (0,53%) e na RM São Paulo/SP (0,52%).
Com o resultado do mês, o IPCA da RM Salvador acumulou alta de 2,65% de janeiro a julho de 2024. Este valor se mantém abaixo do índice nacional (2,87%) e ocupa a 10ª posição entre os 16 locais pesquisados. Além disso, continua inferior ao registrado no mesmo período de 2023 (3,26%) e representa a menor inflação acumulada na RMS em quatro anos, desde 2020, o primeiro ano da pandemia, quando o acumulado foi de 1,34%.
Nos últimos 12 meses até julho, a inflação na RM Salvador teve um aumento de 3,86%, desacelerando ligeiramente em comparação com o índice de junho (3,95%) e ficando abaixo do acumulado para o mesmo período em 2023 (4,05%). Também segue inferior ao acumulado no Brasil como um todo (4,50%), mantendo-se como o 4º menor índice entre os 16 locais pesquisados.
**Transporte Como Principal Peso**
A inflação de julho na Região Metropolitana de Salvador foi impulsionada por aumentos de preços em 7 dos 9 grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA. As despesas pessoais registraram o maior aumento (1,13%) e exerceram a segunda maior pressão inflacionária no mês, principalmente devido ao aumento significativo nas despesas com hospedagem (7,39%).
Com o segundo maior aumento, os transportes (0,80%) foram os principais contribuintes para a aceleração da inflação em RM Salvador, devido ao peso que representam nas despesas das famílias.
Esse aumento foi impulsionado pelas passagens aéreas, que registraram a maior alta entre todos os produtos e serviços abrangidos pelo índice de preços (24,96%) e também exerceram a maior pressão inflacionária individual no mês.
Os aumentos expressivos em serviços ligados ao turismo estão relacionados ao fato de julho ser um mês de férias escolares em algumas regiões do país, como no Sudeste.
**Pressões Inflacionárias Relevantes**
A energia elétrica (2,04%) também representou uma pressão inflacionária significativa em julho, na RMS, impulsionando o aumento no grupo habitação (0,52%). Esse aumento se deve à entrada em vigor da bandeira tarifária amarela, que acrescenta R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos.
Entre os grupos do IPCA que apresentaram deflação, alimentação e bebidas (-0,67%) se destacaram, com a maior queda e a principal influência para conter o custo de vida em julho na RMS. Foi a primeira queda média de preços de alimentos em sete meses (desde novembro de 2023).
Todos os 10 produtos e serviços cujos preços mais diminuíram em julho, na RMS, foram alimentos, liderados por cenoura (-25,95%), tomate (-22,31%) e mamão (-12,56%). Além deles, itens relevantes nas despesas familiares, como cebola (-9,54%), biscoito (-1,96%) e queijo (-1,87%), também contribuíram para a redução do IPCA.
Já no grupo vestuário (-0,22%), a deflação foi mais influenciada pelas roupas femininas (-1,12%), principalmente os vestidos (-2,43%).
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