O governo de São Paulo decidiu proibir a venda de moluscos bivalves, como mariscos, mexilhões, ostras e vieiras, em todo o Estado. Isso ocorre após a recomendação de suspensão do consumo desses animais devido ao risco de contaminação por microalgas em níveis potencialmente tóxicos. A medida, publicada no Diário Oficial de terça-feira (13/8), afeta os moluscos provenientes de Peruíbe, Cananeia, Itanhaém e Praia Grande, no litoral paulista.
A decisão foi motivada pela alta concentração da microalga Dinophysis acuminata nessas cidades. Essa microalga produz toxinas que causam a Maré Vermelha, um fenômeno ambiental preocupante.
Riscos à Saúde
Os moluscos, como filtradores aquáticos, podem ser contaminados nesse contexto. O consumo desses moluscos pode resultar em problemas intestinais graves, como diarreias. Além do impacto na saúde humana, a proliferação das microalgas pode reduzir o oxigênio na água, levando à morte de peixes.
A proibição governamental é válida para moluscos bivalves retirados desde 30 de julho das quatro cidades mencionadas.
Segundo o Diário Oficial, os estabelecimentos que continuarem a vender esses moluscos estarão sujeitos a interdição cautelar, podendo receber advertências e multas.
O retorno da venda desses animais será liberado após a Secretaria de Agricultura avaliar a situação do mar na região.
O Metrópoles entrou em contato com as prefeituras das cidades afetadas. Até o momento, apenas a prefeitura de Praia Grande respondeu, informando que está monitorando o problema e que não houve registros de intoxicações relacionadas a essas microalgas nas unidades de saúde da cidade.
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