O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, respondeu às declarações feitas pelo governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), a respeito da obra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva inaugurou nesta sexta-feira, 9, afirmando que era privada. Em sua resposta, Mercadante destacou que “alguns têm dificuldade em conviver com a democracia e o pacto federativo”.
Nesta visita, Lula viajou pela primeira vez em seu terceiro mandato a Santa Catarina e participou da cerimônia de inauguração do Contorno Viário da Grande Florianópolis. Apesar do convite feito, o governador optou por não comparecer ao evento. Durante a sua agenda, o presidente lamentou a ausência de Jorginho.
Nas redes sociais, o governador criticou a presença do presidente na inauguração da obra, questionando a necessidade de realizar um evento para uma obra privada que estava atrasada há 12 anos. Jorginho afirmou: “O contorno viário da Grande Florianópolis já deveria ter sido liberado há dias. Aguardo o dia em que o governo federal irá destravar obras públicas de responsabilidade de Brasília, como a BR-470”.
Jorginho mencionou estar participando de um encontro do Cosud, no Espírito Santo, com outros gestores estaduais, discutindo ações e políticas conjuntas para colaboração entre os Estados.
Após as declarações feitas por Jorginho, Mercadante divulgou uma nota rebatendo as acusações de que o empreendimento em Santa Catarina seria privado. Ele destacou: “O Contorno Viário da Grande Florianópolis, inaugurado hoje pelo presidente Lula, não existiria sem o BNDES. Além de ser uma concessão federal desde 2011, o BNDES financiou diretamente R$ 850 milhões de investimentos da Arteris Litoral Sul S.A, responsável pela administração do trecho da BR-101 conectando Curitiba a Palhoça, em Santa Catarina, incluindo o Contorno Viário de Florianópolis”.
Mercadante explicou que, além de ser o único financiador inicial do projeto, o BNDES também apoiou a emissão de uma debênture de R$ 2 bilhões.
Ele concluiu sua nota afirmando: “Portanto, a declaração do governador de Santa Catarina não leva em consideração a concessão federal feita durante o segundo governo do presidente Lula e a participação do BNDES, que foi fundamental para a conclusão do Contorno Viário da Grande Florianópolis. Na gestão do BNDES, nós continuaremos a seguir a orientação do presidente Lula de atuar de forma republicana na análise de projetos essenciais para a melhoria da vida dos brasileiros, ao contrário de alguns que têm dificuldade em conviver com a democracia e o pacto federativo.”
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