Ministério Público da Venezuela ameaça prender González caso candidato não apareça para depor sobre site da oposição com atas eleitorais

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O Ministério Público (MP) da Venezuela afirmou hoje que o candidato da oposição Edmundo González poderá ser preso se não se apresentar para prestar depoimento sobre o site que contém informações detalhadas das eleições realizadas em 28 de abril, às quais a oposição alega ter acesso.

 

O candidato, que faz 75 anos hoje, já faltou a duas convocações feitas anteriormente pelo MP, uma na última segunda-feira e outra na terça-feira. Hoje, ele foi convocado novamente para depor nesta sexta-feira.

 

“De acordo com as leis venezuelanas, se este indivíduo não comparecer ao escritório da procuradoria-geral na data indicada, será emitido o respectivo mandado de prisão, considerando que existe risco de fuga e perigo de obstrução”, alertou o MP.

 

A instituição, alinhada ao chavismo, alega que o opositor “usurpou funções” do Conselho Nacional Eleitoral ao publicar as atas eleitorais, as quais o governo de Nicolás Maduro afirma serem falsas.

 

ELEIÇÕES NA VENEZUELA

Esta convocação ocorre em meio à incerteza que paira sobre a Venezuela em relação ao resultado das eleições ocorridas em 28 de julho. Segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, o presidente Nicolás Maduro foi reeleito com mais de 51% dos votos. A oposição contesta o resultado, alegando que o CNE é ligado ao chavismo, e afirma que González foi eleito com mais de dois terços dos votos válidos.

 

Os dias após a eleição foram marcados pela prisão de muitos líderes da oposição, bem como pela contestação do resultado por diversos atores externos e líderes de vários países. O Brasil afirmou que só reconheceria o resultado das eleições com a publicação integral das atas eleitorais.

 

A oposição venezuelana, liderada por González e Maria Corina Machado, impedida de concorrer nas eleições deste ano pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), questiona os resultados das eleições e alega estar sendo perseguida pelo governo de Maduro.

 

Na semana passada, o TSJ validou as eleições e afirmou que o pleito foi legítimo. O tribunal, considerado aliado ao chavismo pela oposição, declarou a validade da eleição, mas também informou que não divulgaria as atas eleitorais relacionadas ao pleito.

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