O Ministério Público da Venezuela convocará o candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, para depor em uma investigação criminal. O procurador-geral do país, Tarek William Saab, comunicou na sexta-feira que a convocação é decorrente da denúncia de fraude nas eleições presidenciais de 28 de julho. Saab afirmou que González Urrutia será intimado para prestar esclarecimentos sobre suas ações em relação ao suposto vazamento de atas eleitorais que indicariam a derrota do presidente Nicolás Maduro.
As acusações de Saab se estendem também à líder da oposição, María Corina Machado, pelos tumultos que resultaram em 27 mortes, incluindo dois militares, cerca de 200 feridos e mais de 2.400 detenções. O procurador destacou a necessidade de ambos comparecerem para esclarecer sua suposta responsabilidade nos eventos ocorridos antes, durante e após as eleições, enfatizando a importância da cooperação com as autoridades.
Em 5 de agosto, o Ministério Público iniciou uma investigação contra González e Machado por incitação à insurreição, entre outras acusações, após os apelos feitos nas redes sociais para que as Forças Armadas se opusessem a Maduro e encerrassem a repressão aos protestos. Desde então, González Urrutia mantém um perfil discreto, limitando-se a publicações online, sem comparecer a eventos públicos.
Maduro solicitou prisão para ambos os líderes da oposição. O CNE proclamou a reeleição de Maduro para um terceiro mandato, enquanto a oposição alega que González Urrutia foi o vencedor com 67% dos votos, com base em documentos que o chavismo contesta como falsificados.
O Tribunal Supremo de Justiça validou os resultados e acusou González Urrutia de desacato por sua não participação nas audiências do processo de verificação do material eleitoral. A decisão do tribunal será encaminhada a Saab para possíveis sanções.
Com informações da AFP.
Publicado por Tamyres Sbrile
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