O Ministério Público da Argentina solicitou, no dia 14 de outubro, o indiciamento do ex-presidente Alberto Fernández por atos de “lesões leves e graves” e “ameaças” coercitivas contra sua ex-parceira Fabiola Yáñez. O promotor Ramiro González expôs em seu parecer que, considerando os eventos descritos anteriormente, os mesmos poderiam constituir crimes de lesões leves e graves, duplamente agravadas, e ameaças coercitivas. O documento aguarda a assinatura do juiz responsável pelo caso, Julián Ercolini, para formalizar o indiciamento. González apontou que Yáñez “foi submetida a uma relação caracterizada por hostilidade, assédio psicológico e agressões físicas, em um contexto de violência de gênero e intrafamiliar”.
No dia 6 de agosto, a ex-primeira-dama denunciou o ex-presidente por violência física e psicológica, e em 8 de outubro foram divulgadas pela imprensa local supostas conversas e fotos que mostravam Yáñez com ferimentos no rosto e no braço, o que gerou uma grande repercussão na liderança política argentina, que se manifestou de forma unânime repudiando Fernández.
Na segunda-feira, dia 12, a denunciante apresentou um documento de 20 páginas detalhando as circunstâncias das agressões e, no dia seguinte, prestou seu primeiro depoimento direto de Madri, onde reside atualmente, a González. Fernández negou ter agredido Yáñez fisicamente em entrevista ao jornal espanhol El País e ao veículo de imprensa local El Cohete a la Luna.
*Com informações da AFP
Publicado por Fernando Keller
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