Pouco antes de ser atropelada três vezes por seu ex-companheiro, Juliana Barboza Soares enviou uma mensagem para sua filha mais velha contando que tinha encontrado o ex, Wallison Felipe de Oliveira, de 29 anos. Ela estava em uma festa comemorando seu 34º aniversário, enquanto Wallison estava em um bar ao lado.
De acordo com testemunhas, ao perceber que Juliana estava comemorando seu aniversário no estabelecimento ao lado do bar, Wallison ficou “chateado” por não ter sido convidado. Ele foi até ela e os dois conversaram.
No áudio enviado para a filha mais velha, Juliana mencionou que após ser vista por Wallison, ele sentou-se e ficou a observando atentamente.
“Perto das 21h, fui jogar a cerveja fora. Quando estava despejando, quem passou? Wallison. Aí, passou, me viu”, disse. Ouça:
Testemunhas relatam que Wallison permaneceu no local até que Juliana saísse. Quando ela partiu, ele a seguiu. Pouco tempo depois, ele atropelou Juliana, sua filha de 5 anos e Maria do Socorro, mãe de Juliana.
Juliana teve uma perna amputada na sequência do atropelamento. Sua filha quebrou uma perna, e Maria do Socorro, ambas. Wallison retornou após o primeiro atropelamento e atingiu Juliana mais duas vezes.
Prisão
O crime ocorreu na Quadra 3 do Setor Sul do Gama. Após cometer o feminicídio e as duas tentativas de homicídio, o agressor fugiu a pé.
O feminicida, que possuía registro como colecionador, atirador esportivo e caçador (CAC), foi detido na tarde da quarta-feira (21/8). Com ele, a polícia apreendeu uma pistola e uma espingarda.
7 imagens
Wallison Felipe de Oliveira foi capturado no dia seguinte ao brutal crime que cometeu. O indivíduo abandonou seu carro e empreendeu fuga a pé após assassinar sua ex-companheira Juliana Barboza Soares, que havia completado 34 anos no mesmo dia. A ação criminosa resultou ainda em ferimentos em uma criança de 5 anos. A imagem de Wallison sendo algemado no momento da prisão revela o desfecho da busca por justiça.
O carro utilizado por Wallison teve seu para-brisa destruído, possivelmente em decorrência do violento ato cometido. As marcas visíveis no veículo contam parte da trajetória de violência que culminou na prisão do feminicida. As fotos do local do atropelamento, na região de Gama, evidenciam a gravidade dos acontecimentos daquele trágico dia.
As autoridades agiram rapidamente para garantir a captura do acusado e suprimir qualquer possibilidade de fuga. A população local expressou choque e consternação diante de um crime tão cruel. Juliana, uma vida ceifada pela brutalidade, deixa a todos um sentimento de luto e revolta.
Os desdobramentos legais desse caso trágico devem servir como alerta para a importância da proteção e dos direitos das mulheres. O feminicídio, ato extremo de violência de gênero, é uma realidade que clama por justiça e por medidas que previnam novas tragédias como essa.
A comoção gerada por essa ocorrência serve como catalisador para debates e ações que visem coibir e punir com rigor crimes dessa natureza. A conscientização e a educação são armas poderosas na construção de uma sociedade mais justa e igualitária, onde todas as vidas sejam respeitadas e protegidas.
A captura de Wallison, embora tardia diante do ocorrido, representa um passo na direção da justiça para Juliana e sua família. Que casos como esse não se repitam, e que a memória das vítimas seja honrada com a luta contínua por um mundo onde o feminicídio e a violência de gênero sejam coisas do passado.Felipe de Oliveira abandonou o veículo e fugiu a pé após cometer o crime contra a ex-companheira.
Divulgação/PMDF
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Criança de 5 anos ficou ferida
Divulgação/PMDF
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14ª Delegacia de Polícia (Gama) investiga o caso
Hugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophoto
Imagens das câmeras de segurança obtidas pelo Metrópoles revelam o momento em que Wallison avista as vítimas caminhando pela rua e, em seguida, as atropela.
Após atingir o trio, o motorista retorna e passa por cima de Juliana mais uma vez. Minutos depois, enquanto testemunhas prestam socorro, Wallison volta com o Toyota Corolla e atinge a ex pela terceira e última vez antes de fugir do local.
Veja:
“Descontrolado e agressivo”
O relacionamento entre Juliana e Wallison era marcado por episódios de ciúmes e ameaças. Em novembro de 2022, a vítima registrou ocorrência contra o então companheiro por ameaças e lesão corporal, no âmbito da Lei Maria da Penha.
Julianna relatou aos policiais que, em um bar, ele se tornou “descontrolado e agressivo”, levando-a a pedir medidas protetivas que foram concedidas pela Justiça. No entanto, posteriormente, ela solicitou a revogação da ordem judicial.
Na ocasião, Wallison deixou o imóvel levando os pertences de Juliana e, em uma ligação, afirmou que não os devolveria e que a mataria, além de revelar a posse de armas em casa.
A vítima, então, alertou as autoridades sobre o “arsenal” do agressor e solicitou medidas de proteção, que foram inicialmente concedidas.
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