Musk assume embates da direita em outros países além do Brasil

Publicado:

O magnata americano Elon Musk, fundador da rede social X e recentemente anunciou o encerramento das operações no Brasil, tem se envolvido em disputas com o sistema judiciário brasileiro, mas os conflitos também se estendem para outras nações ao redor do mundo. Ao comunicar o fim das atividades no território brasileiro, o empresário compartilhou uma nota e fez uma analogia entre o ministro Alexandre de Moraes e o vilão Voldemort da série Harry Potter. Não foi a primeira vez que Musk utilizou essa comparação contra seu desafeto brasileiro. No entanto, o Brasil não é o único país onde Musk enfrenta oposição da direita.

Nos últimos anos, Musk tem se aliado a militantes da direita para confrontar adversários em diversos países, especialmente nos Estados Unidos, onde ele reside. Na semana passada, Musk realizou uma entrevista pública, que durou mais de duas horas, com o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, em uma tentativa de ampliar seu alcance na corrida eleitoral. Esse encontro marcou o retorno de Trump à plataforma, do qual havia sido banido após a invasão do Capitólio.

Em julho, o bilionário foi alvo de críticas ao compartilhar em sua própria plataforma um “deepfake”, um vídeo manipulado com inteligência artificial, onde Harris insultava Biden. Nesta semana, o eurodeputado Sandro Gozi, secretário do Partido Democrático Europeu, alertou que “se Musk não obedecer às nossas leis, a União Europeia fechará o X na Europa”. Ele também mencionou que “a violência online sempre resulta em violência offline”, que “a direita esconde sua violência sob o pretexto da liberdade de expressão” e que as plataformas digitais precisam moderar o conteúdo de ódio.

Dias antes, Musk insultou Thierry Breton, membro da Comissão Europeia, que exigiu respeito do X em relação à legislação europeia e, em outra situação, foi criticado pelo governo britânico após declarar que uma guerra civil seria “inevitável” no Reino Unido. Na ocasião, as autoridades estavam preocupadas com uma onda de violência contra imigrantes devido a notícias falsas. O primeiro-ministro Keir Starmer convocou uma reunião urgente após a ilegalidade atribuída à “marginalia da direita”, impulsionada em parte pela disseminação de desinformação nas redes sociais, que gerou revolta devido a um ataque a faca em uma aula de dança, resultando na morte de três meninas e ferindo outras 10.

Em abril, Musk acusou a Austrália de censura, depois que um juiz local determinou que sua plataforma bloqueasse o acesso de usuários de todo o mundo a um vídeo de um bispo sendo esfaqueado em uma igreja em Sydney. O primeiro-ministro Anthony Albanese chegou a chamar Musk, após sua resistência em cumprir a decisão judicial, de um “bilionário arrogante” que se julgava acima da lei e desconectado do público.

*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Sarah Américo

Comentários Facebook

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Casamento de dois irmãos com a mesma mulher choca redes sociais na Índia

Um evento inusitado agitou as redes sociais na Índia: dois irmãos, Pradeep e Kapil Negi, casaram-se com a mesma mulher na pequena cidade...

‘Trump está fortalecendo Lula’, diz coluna do Financial Times

Em um artigo ousado publicado no Financial Times, o renomado colunista Edward Luce destaca uma intersecção surpreendente entre as políticas de Donald Trump...

Chanceler alemão sofre pressão para endurecer postura contra Israel

A pressão sobre o chanceler alemão Friedrich Merz está aumentando, enquanto ele tenta equilibrar as demandas de sua coalizão e a relação histórica...