A Organização das Nações Unidas (ONU) apresentou, hoje, os dados referentes ao número de trabalhadores humanitários que perderam suas vidas em 2023.
Após o triste falecimento de 280 profissionais, a instituição condenou veementemente a violência e exigiu uma postura de “maior responsabilidade”. Este momento ocorre enquanto o mundo celebra o Dia Mundial Humanitário.
De acordo com o comunicado da organização, cerca de 280 trabalhadores humanitários foram vítimas de fatalidades em 33 países. Esse número representa um aumento de 137% em comparação ao ano anterior, quando 118 profissionais perderam suas vidas.
A ONU destaca que mais da metade das mortes registradas no ano passado ocorreram nos primeiros três meses dos conflitos em Gaza, entre outubro e dezembro, sendo a maioria das vítimas provenientes de ataques aéreos.
Óbitos em outros conflitos, segundo a ONU
A escalada da violência no Sudão e no Sudão do Sul também contribuiu para o aumento no número de mortes de trabalhadores humanitários em 2023 e 2024.
“A normalização da violência contra trabalhadores humanitários e a falta de responsabilização são inaceitáveis, inadmissíveis e extremamente prejudiciais para as operações de ajuda em todas as regiões”, declarou Joyce Msuya, subsecretária-geral interina das Nações Unidas para Assuntos Humanitários e coordenadora de ajuda emergencial.
O ano de 2024 pode registrar um número ainda mais alarmante. Até 7 de agosto, já haviam sido contabilizadas cerca de 172 mortes de profissionais, conforme o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).
O Dia Mundial Humanitário é celebrado em 19 de agosto, em memória às vítimas do atentado ocorrido em 2003 na sede da ONU em Bagdá, no qual faleceram 22 trabalhadores humanitários, incluindo Sílvio Vieira de Mello, Representante Especial do Secretário-Geral para o Iraque.
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