Há diversos candidatos extravagantes como o empresário Pablo Marçal (PRTB) que espelham a pior faceta de Bolsonaro na tentativa de se elegerem.
Com um olhar crítico voltado para a disputa pela prefeitura de São Paulo, Marçal chama atenção por seu comportamento, lembrando o estilo de Bolsonaro, especialmente no que diz respeito a desafios vindos de mulheres.
Em um episódio na Câmara com a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), Bolsonaro declarou que ela não merecia ser estuprada por ser feia.
Recentemente, Marçal acusou a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) de ter abandonado o pai no Brasil para viajar aos Estados Unidos na época de seu suicídio.
Contudo, a alegação se mostrou falsa. Tabata não estava fora do país no momento da morte de seu pai, que era dependente de drogas e álcool. No entanto, a vingança é um prato que se serve frio.
A contrapartida surgiu durante o primeiro debate entre os postulantes à prefeitura de São Paulo conduzido pela TV Bandeirantes, quando Tabata expôs que Marçal foi condenado por formação de quadrilha em um esquema de fraudes bancárias.
Diante disso, questionou se Marçal usaria sua experiência criminosa caso fosse eleito prefeito. A reação de Marçal foi explosiva, atacando de forma indiscriminada os demais concorrentes.
Em suas ofensas, chamou Tabata de adolescente, sugeriu que Guilherme Boulos (PSOL) poderia ser usuário de drogas e apoiador de terroristas, e criticou a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) como desastrosa.
Marçal declarou que desistiria da candidatura se alguém provasse a condenação por formação de quadrilha. Posteriormente, Boulos compartilhou a sentença condenatória nas redes sociais.
Atuando como um porta-voz de Bolsonaro e apoiador de Nunes, visando atrair eleitores bolsonaristas descontentes com Nunes, Marçal perdeu o controle do debate que tanto almejava dominar.
Nunes se tornou o alvo principal das críticas, sendo confrontado por Tabata que revelou um antigo episódio em que ele agrediu sua esposa, fato registrado em queixa policial.
A experiência nos ensina que um debate não determina uma eleição, e que, muitas vezes, quem afirma valorizar a exposição de ideias em detrimento de ataques durante o debate, pode não estar sendo sincero.
Faltando menos de dois meses para as eleições, o cenário político continua a se desenrolar de forma intensa.
Comentários Facebook