O líder da Igreja do Evangelho Quadrangular em Maceió, Pastor João Luiz, está no centro de uma controvérsia após a divulgação de um áudio onde ele pressiona pastores a apoiarem sua candidatura a vereador nas eleições de 2024. Este incidente reacende debates sobre a conduta do religioso, que teve seu mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anteriormente, por abuso de poder religioso.
Em 2016, o então deputado estadual João Luiz perdeu seu mandato após uma decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL), decisão posteriormente confirmada pelo TSE. Naquela ocasião, ele foi acusado de usar sua posição na igreja para promover sua candidatura de maneira ilegal, violando as leis eleitorais. O tribunal considerou que o uso inapropriado de templos e eventos religiosos para angariar votos configurou abuso de poder econômico e religioso, prejudicando a igualdade de oportunidades entre os candidatos.
Agora, o pastor se vê envolvido em uma nova polêmica. No áudio recentemente vazado, ele critica a falta de empenho dos pastores nas últimas eleições, atribuindo a diminuição no número de votos à falta de união e comprometimento com as diretrizes da igreja. João Luiz pressiona os líderes religiosos a apoiarem sua candidatura, utilizando o estatuto da Igreja do Evangelho Quadrangular como justificativa e sugerindo que poderá realocar aqueles que não se alinharem politicamente.
O conteúdo do áudio levanta preocupações sobre uma possível repetição das práticas que levaram à cassação de seu mandato no passado. Especialistas alertam que o uso da influência religiosa para coagir votos pode novamente configurar abuso de poder religioso, o que é expressamente proibido pela legislação eleitoral e pode resultar em sanções severas.
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