Polícia Civil do DF é autorizada a fazer perícia dos dados bancários de investigados na Operação Faroeste

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A Polícia Civil do Distrito Federal recebeu autorização do ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), para realizar a perícia dos dados de quebra de sigilo bancário relacionados à Operação Faroeste. O pedido foi feito pelas partes envolvidas na ação penal referente ao caso. A permissão inclui a análise dos dados de todas as pessoas físicas e jurídicas mencionadas no Relatório de Análise Preliminar de Movimentação Bancária da Polícia Federal.

O período a ser periciado coincide com o já investigado pela Polícia Federal, abrangendo de 1º de janeiro de 2013 a 31 de dezembro de 2019. A investigação tem como objetivo responder às questões levantadas pelas defesas dos desembargadores do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Gesivaldo Nascimento Britto, José Olegário Monção Caldas, Maria do Socorro Barreto Santiago, Maria da Graça Osório Pimentel Leal, e por Karla Janayna Leal, sobrinha de Maria da Graça, além das perguntas do Ministério Público Federal.

Em seu despacho publicado recentemente, Og Fernandes ressaltou que a realização da perícia pela Polícia Civil do DF não invalida o relatório da Polícia Federal. A nova perícia busca responder especificamente às questões apresentadas pelas partes, complementando as evidências já existentes nos autos.

O ministro do STJ também determinou que a Polícia Federal forneça com urgência à Polícia Civil do Distrito Federal os nomes completos e respectivos números de CPF/CNPJ de todos os investigados na Operação Faroeste mencionados no relatório da entidade.

Dentre os réus da ação penal, constam nomes como o casal Adailton e Geciane Maturino, Antônio Roque do Nascimento Neves (ex-secretário Judiciário do TJ-BA), José Valter Dias (o “borracheiro”), Joilson Gonçalves Dias (filho do “borracheiro”), Júlio César Cavalcanti Ferreira (advogado), Márcio Duarte Miranda (advogado e genro da desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago), Márcio Reinaldo Miranda Braga (juiz), Marivalda Almeida Moutinho (juíza) e Sérgio Humberto de Quadros Sampaio (juiz), além da desembargadora Sandra Inês Moraes Rusciolelli Azevedo e seu filho Vasco Rusciolelli Azevedo, ambos colaboradores da operação.

A Operação Faroeste tem como foco a investigação de um esquema de venda de sentenças no oeste do estado, envolvendo desembargadores, juízes do TJ-BA, advogados e empresários.

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