A Agência Espacial Americana, Nasa, elaborou um mapa global de alta resolução que visualiza a concentração de dióxido de carbono proveniente de usinas de energia, incêndios e áreas urbanas. A intenção é explicar como as nuvens de poluentes se dispersam por continentes e oceanos no período de janeiro a março de 2020.
A análise aponta que as maiores emissões de poluentes na América Latina provêm de incêndios florestais, queimadas controladas e desmatamento. Além disso, o estudo identifica a China, os Estados Unidos e o Sul da Ásia como os principais emissores de CO2. Na África e na América do Sul, as maiores concentrações se relacionam a incêndios florestais, queimadas controladas, desmatamento, bem como queima de petróleo e carvão.
O mapa foi criado pelo “Scientific Visualization Studio” da NASA utilizando um modelo climático de alta resolução alimentado por supercomputadores. Ele combina dados de padrões climáticos, formação de nuvens e outros eventos naturais para gerar o mapa interativo.
Os cientistas destacam que o mapa parece pulsar devido ao ciclo diário de incêndios florestais, que tendem a aumentar durante o dia e diminuir à noite.
No Brasil, de acordo com o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon, o primeiro trimestre de 2024 registrou a menor taxa de desmatamento em seis anos, desde 2018. A destruição das florestas em janeiro e fevereiro totalizou 196km², o que representa uma redução de 63% em relação ao mesmo período de 2023.
No entanto, a poluição atmosférica continua sendo um problema grave para a saúde dos brasileiros. Uma coalizão internacional revelou dados alarmantes sobre os impactos da poluição na saúde pública. O estudo apontou 80 mil mortes anuais no Brasil, e globalmente esse número chega a sete milhões. Na análise, apenas a cidade de Fortaleza, no Ceará, está dentro dos limites aceitáveis estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Mesmo nessa cidade, estima-se que as complicações decorrentes da poluição atmosférica resultam em cerca de 400 mortes por ano, conforme informações divulgadas pelas autoridades locais.
Comentários Facebook