O prazo legal de 72 horas expirou e o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela não divulgou o resultado das eleições. O total de votos ainda não foi disponibilizado e as atas eleitorais não foram tornadas públicas para confirmar a alegada vitória de Nicolás Maduro. Em meio à crise, países da América Latina buscam se aproximar para lidar com a situação. A decisão do Brasil de assumir temporariamente as funções diplomáticas da Argentina na Venezuela, após a expulsão de diplomatas pelo governo de Maduro, foi vista como um gesto de solidariedade e comprometimento com a crise no país vizinho. A diplomacia brasileira ficará encarregada de proteger as instalações, bens e arquivos do serviço diplomático argentino, além de representar os interesses da Argentina e de seus cidadãos na Venezuela.
O presidente argentino, Javier Milei, expressou publicamente sua gratidão pelo apoio do Brasil, enfatizando os laços de amizade entre os dois países. Em uma coletiva de imprensa, o porta-voz do governo argentino, Manuel Adorne, reforçou o agradecimento pela proteção das responsabilidades argentinas na Venezuela. Nesta quarta-feira, o governo brasileiro emitiu um comunicado conjunto com a Colômbia e o México, solicitando que as autoridades eleitorais da Venezuela avancem com a divulgação dos dados de votação. Os países destacaram a importância de que as controvérsias eleitorais sejam resolvidas de forma institucional e que a soberania popular seja respeitada. O comunicado também fez um apelo para que os atores políticos e sociais ajam com cautela em suas manifestações, visando evitar a violência e manter a paz social.
*Com informações do repórter Bruno Pinheiro
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