Após a confirmação da reeleição de Nicolás Maduro pela Justiça venezuelana, Jorge Rodríguez, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, fez questão de enviar um recado ao assessor especial da Presidência da República do Brasil, Celso Amorim. Rodriguez enfatizou que a Justiça validou a eleição de Maduro, assim como em diversos outros países, e que o assunto está encerrado. Ele destacou: “É crucial salientar que a decisão do TSJ [Tribunal Superior de Justiça] não se restringe apenas à Venezuela, onde está a jurisdição máxima da sala eleitoral, mas também abrange o Brasil – está ouvindo, senhor Celso Amorim? – o México, os Estados Unidos da América e o mundo inteiro. Existe uma jurisdição superior”, declarou.
O governo brasileiro ainda não emitiu um posicionamento oficial sobre o tema, embora estivesse em negociações para uma manifestação conjunta com a Colômbia e o México. Entretanto, os mexicanos já se retiraram do grupo. A espera agora é por um comunicado oficial do Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
Anteriormente, o Brasil havia solicitado a divulgação das atas eleitorais da Venezuela, que consistem nos boletins de cada urna para comprovar o resultado do pleito. Contudo, a Justiça venezuelana informou que essas atas não serão divulgadas. Rodríguez cobrou diretamente Celso Amorim, que esteve na Venezuela no dia da eleição e dialogou tanto com Maduro quanto com representantes da oposição. A pressão para que o Brasil se posicione sobre as eleições venezuelanas também está vindo da comunidade internacional. Vários representantes de países da América do Sul criticaram a decisão da Justiça venezuelana.
A sentença do Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela é considerada definitiva e sem possibilidade de recurso. A Justiça Eleitoral do país, sob domínio do chavismo, declarou que o processo eleitoral foi encerrado e que não haverá mais debate sobre o assunto.
*Com informações de Luciana Verdolin
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