Prisioneiros libertados pelo Ocidente em uma troca com a Rússia chegaram à Alemanha, onde foram recebidos pessoalmente pelo chanceler Olaf Scholz no aeroporto da cidade de Colônia. Dois aviões procedentes de Ancara, na Turquia, desembarcaram na Alemanha trazendo a maioria dos 16 prisioneiros libertados. Apenas um pequeno grupo seguiu diretamente para os Estados Unidos. Uma multidão aguardava do lado de fora do aeroporto para saudar os prisioneiros políticos trocados. Scholz interrompeu suas férias para dar as boas-vindas aos libertados, expressando a importância do momento para ele, em declaração à imprensa presente no local.
Foi relatado que o momento foi emocionante e surpreendente para muitos presentes. Scholz cumpriu o acordo de entregar, a pedido dos EUA, o agente russo Vadim Krasikov à Rússia. Krasikov foi condenado à prisão perpétua por um tribunal alemão no final de 2022, por ter assassinado um cidadão georgiano de ascendência chechena em um parque de Berlim em 2019, uma decisão difícil, como o chanceler reconheceu.
O presidente dos EUA, Joe Biden, buscava garantir a libertação do repórter do The Wall Street Journal, Evan Gershkovich, e do ex-fuzileiro naval, Paul Whelan. No entanto, o Kremlin insistiu que, para concluir a troca, a Alemanha teria que incluir Krasikov, termo inicialmente recusado por Scholz. O chanceler alemão agradeceu a outros países europeus, como Eslovênia e Noruega, por contribuírem para a libertação dos prisioneiros, destacando que a troca fortaleceu ainda mais a amizade entre Alemanha e EUA.
Ele afirmou que foi a decisão correta entregar Krasikov ao Kremlin, citando que as dúvidas se dissiparam após conversar com os agora libertos. Scholz enfatizou os valores humanistas, a liberdade individual e a democracia da sociedade alemã, ressaltando que a proteção daqueles que defendem tais princípios é parte da imagem democrática e humanista do país.
Entre os prisioneiros libertados que desembarcaram em Colônia, estava o cidadão alemão Rico Krieger, perdoado pelo presidente bielorrusso Alexander Lukashenko, após condenação à morte em Belarus por acusações como crimes de terrorismo. Outros quatro cidadãos, entre eles russos e alemães, também foram trocados. Dentre os libertados, destacam-se ativistas de direitos humanos e políticos da oposição russa, como Ilya Yashin e Vladimir Kara-Murza.
Com informações da EFE.
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