A promotora de Justiça Renata Cristina de Oliveira Mayer declarou, em denúncia apresentada nesta quinta-feira (1º/8), que o homicídio cometido pelo empresário Igor Ferreira Sauceda, ao atropelar um motoboy com um Porsche na última segunda-feira (29/7), revela um nível de “brutalidade fora do comum, contrário ao mais básico sentimento de piedade”.
Segundo informações do Metrópoles, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou o empresário, sócio do Bar do Espeto, por homicídio triplamente qualificado, cometido contra o motoboy Pedro Kaique Ventura Figueiredo, na zona sul de São Paulo.
De acordo com a manifestação da Promotoria, o empresário, que permanece detido preventivamente, tirou a vida da vítima por razões fúteis, utilizando meios cruéis e dificultando a defesa do motociclista.
Um pai afirmou que seu filho foi vítima de um atropelamento intencional, causando indignação e comoção. As imagens mostram um Porsche perseguindo uma moto em alta velocidade por cerca de 2 km, até que ocorreu o acidente. Igor Ferreira Sauceda, o motorista do Porsche amarelo, foi conduzido à delegacia para prestar esclarecimentos sobre o incidente que resultou na morte de Pedro Kaique, deixando um filho de 3 anos órfão.
A perseguição entre o Porsche e a moto durou aproximadamente 2 km, culminando no fatídico acidente que chocou a todos que tiveram acesso às imagens. As informações iniciais apontam que o atropelamento foi resultado de uma briga de trânsito, indicando indícios de que o ato foi premeditado, conforme relatado pelo pai da vítima.
A brutalidade do ocorrido provocou uma onda de revolta e tristeza na comunidade, que clama por justiça e punição aos responsáveis pelo trágico desfecho. A perda de Pedro Kaique, um jovem pai de apenas 22 anos, gerou comoção e solidariedade entre os que acompanham o desdobramento dessa história.
As autoridades estão investigando o caso minuciosamente para esclarecer as circunstâncias que levaram ao atropelamento e a morte de Pedro Kaique. A colaboração da população e o acesso às imagens das câmeras de segurança estão sendo fundamentais para o andamento das investigações e para a busca por respostas que possam confortar a família da vítima.
O impacto desse acontecimento trágico ressalta a importância da conscientização no trânsito e do respeito mútuo entre os condutores, evitando conflitos que possam resultar em consequências irreparáveis. A sociedade clama por medidas que garantam a segurança de todos os cidadãos nas vias públicas, a fim de evitar tragédias como a que vitimou Pedro Kaique.**Câmera de Segurança**
Durante uma discussão, Pedro Kaique quebrou o retrovisor do Porsche envolvido no incidente.
O motorista do Porsche realizou o teste do bafômetro, que, segundo o advogado da vítima, não acusou a presença de álcool no sangue.
O Porsche atingiu a traseira da moto de Pedro Kaique.
O caso foi registrado no 11º Distrito Policial de São Paulo.
**Pelas costas**
Igor Sauceda alega que a moto da vítima arrancou o retrovisor de seu Porsche, dando início a uma perseguição. Pedro foi atingido enquanto estava em cima da moto em movimento, sendo atropelado e arrastado pelo carro de luxo por alguns metros.
A desproporcionalidade da violência, de acordo com a promotora, foi motivada por um motivo fútil para o homicídio, surgido da irritação de Igor, desencadeada após a vítima danificar seu veículo.
Renata Cristina adiciona que o motoboy foi pego desprevenido ao ser atingido por trás em alta velocidade, resultando em uma situação que dificultou a defesa da vítima.
**Acidente fatal com o Porsche**
O Porsche conduzido por Igor Sauceda perseguiu a motocicleta de Pedro Kaique em alta velocidade até colidir na parte traseira do veículo, fazendo com que o motoboy se chocasse contra um poste e viesse a falecer, mesmo após ter sido socorrido.
A colisão aconteceu na madrugada de segunda-feira (29/7) após uma discussão no trânsito ocasionada pelo arrancamento do retrovisor da moto de Pedro Kaique. Isso foi seguido por uma perseguição por aproximadamente dois quilômetros, resultando no choque dos veículos contra um poste e na completa destruição dos mesmos.
**Dolo eventual**
Logo após o acidente, Igor Sauceda foi indiciado por homicídio culposo pela delegada plantonista do 11º Distrito Policial. Naquele momento, a polícia não havia tido acesso às imagens das câmeras de segurança.
Após a divulgação dos vídeos, o delegado titular do caso, Edilzo Lima, do 48º Distrito Policial, alterou a tipificação para homicídio com dolo eventual e determinou a prisão em flagrante, considerando que houve assumido o risco de matar.
O empresário foi transferido para o Centro de Detenção Provisória II de Guarulhos na terça-feira (30/7).
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