Quem é o traficante do CV dono de imóvel de luxo destruído na Maré

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A ação que teve início nesta terça-feira (13/8) nas comunidades de Nova Holanda e Parque União, no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio de Janeiro, com o intuito de demolir um condomínio com mais de 40 imóveis irregulares, incluía um apartamento de luxo.

O triplex apresentava acabamentos sofisticados, com jacuzzi, closet e escadas com luzes de led automáticas. Além disso, o imóvel oferecia uma vista privilegiada para a comunidade, para um campo de futebol e uma área destinada a eventos.

De acordo com as investigações, a residência seria utilizada pelo traficante que controla a região: Jorge Luís Moura Barbosa, conhecido como Alvarenga. Ele está foragido da Justiça e acumula 86 registros criminais. O traficante seria o responsável pela construção de todo o condomínio de alto padrão em uma área localizada dentro do Parque União, uma das comunidades que compõem a Maré.


Agentes encontram quadriplex com piscina

8 imagens

Agente da Prefeitura presente na demolição do imóvel

Trabalhador realiza derrubada em mansão do tráfico na Maré


Uma mansão utilizada como ponto de tráfico na comunidade da Maré, no Rio de Janeiro, foi demolida recentemente. A propriedade de três andares com cobertura tinha uma vista privilegiada para a praia de São Conrado.

Durante a ação de demolição, foi descoberto um quadriplex com piscina, surpreendendo as autoridades envolvidas. Um agente da Prefeitura esteve presente no local durante a operação de derrubada do imóvel.

Os trabalhadores responsáveis pela ação realizaram a demolição da mansão, que era utilizada como base para atividades ilegais de tráfico de drogas na região da Maré. A ação foi coordenada pela Secretaria de Ordem Pública (SEOP).

A demolição da mansão foi um passo importante no combate ao tráfico de drogas na região, demonstrando a atuação das autoridades na busca por quebrar estruturas ligadas ao crime organizado. A operação visava enfraquecer as estruturas usadas pelos traficantes na região.

A descoberta do quadriplex com piscina, dentro da propriedade, chamou a atenção das autoridades e reforçou a necessidade de ações constantes para desarticular essas estruturas ilegais. Além disso, a presença do agente da Prefeitura durante a demolição mostra a atuação conjunta dos órgãos públicos no enfrentamento do crime.

A ação contou com o trabalho dos agentes, que realizaram a derrubada do imóvel de forma meticulosa, seguindo os protocolos de segurança necessários para garantir o sucesso da operação. A SEOP, responsável pela coordenação da ação, desempenhou um papel fundamental na execução da demolição.

Ao demolir a mansão utilizada como ponto de tráfico, as autoridades enviaram uma mensagem clara de que não tolerarão atividades ilegais em comunidades como a Maré. Essas ações são parte de um esforço contínuo para promover a segurança e o bem-estar dos moradores, além de combater o crime organizado de forma eficaz e assertiva.Recentemente, o delegado Pedro Cassundé fez uma revelação surpreendente ao G1, indicando que propriedades de alto padrão estavam sendo utilizadas como esconderijo por traficantes. Ele afirmou: “Nós sabíamos que esses imóveis eram utilizados para negociação, ou seja, pela via do inquilino, seja para locação, seja para compra e venda. Mas nós não sabíamos, até então, que esses imóveis eram utilizados também para abrigar traficantes, e nós nos deparamos hoje com várias unidades em alto padrão de luxo. E sendo utilizadas para o abrigo de traficante.”

De acordo com informações do Portal dos Procurados, Alvarenga adota medidas para não circular pela favela e ser identificado, mantendo-se discreto. Durante muito tempo, a única imagem disponível do criminoso nos registros da Segurança Pública era a de sua primeira carteira de identidade. Recentemente, obtiveram-se novas imagens do criminoso que auxiliam nas investigações em curso.

No âmbito policial, foi identificado que um imóvel atribuído a Alvarenga faz parte de um “condomínio do tráfico” localizado no Parque União. As autoridades afirmam que cerca de 300 residências ilegais foram construídas na favela, sendo utilizadas para a lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas, de acordo com as investigações conduzidas pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes.

Os edifícios erguidos clandestinamente representam a manifestação mais tangível da influência do tráfico de drogas na milicianização do Rio de Janeiro. O Comando Vermelho passou a investir no setor imobiliário como forma de expansão de suas atividades, utilizando os imóveis para a prática de lavagem de dinheiro originado do tráfico de entorpecentes.

Esses achados colocam em foco a complexidade das redes criminosas e sua capacidade de se infiltrar em diversos setores da sociedade, inclusive no mercado imobiliário. As autoridades e órgãos de segurança seguem trabalhando para desmantelar estruturas como o “condomínio do tráfico” identificado, visando a interrupção das atividades ilícitas e a manutenção da ordem pública na região afetada.

Enquanto as investigações avançam, é crucial manter a vigilância e o apoio da comunidade para combater eficazmente as redes criminosas e garantir a segurança e o bem-estar dos cidadãos. Ações integradas entre as forças de segurança e a população são essenciais para coibir práticas delituosas e proteger os espaços urbanos de influências nocivas como as do tráfico de drogas e da milícia.O tráfico de drogas está sendo investigado por lavar dinheiro através da venda de casas construídas com dinheiro ilícito. Os imóveis possuem de um a seis andares e estão desocupados.

O destaque da investida foi um luxuoso apartamento com diversos atrativos, como acabamento em mármore, uma piscina com cascata e uma banheira de hidromassagem ainda em construção. Outra propriedade de alto padrão, com dois andares e uma piscina ainda maior, também chamou atenção.

As autoridades municipais estimam que a demolição desses imóveis acarretará um prejuízo de aproximadamente R$ 5 milhões para o tráfico de drogas.

A ação para derrubar o condomínio teve início no último dia 13 de agosto e contou com a participação das polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro, da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).

De acordo com informações do MPRJ, parte dos imóveis possui até seis andares, porém 90% deles ainda estão em fase de construção e totalmente vazios. A construção foi feita sem autorização da prefeitura e não há responsável técnico pelas obras.

A Seop não estabeleceu um prazo para a conclusão da demolição. O acesso das máquinas às casas é limitado, então a demolição está sendo realizada de forma manual, andar por andar, de cima para baixo, utilizando marretas.

Além das demolições, a força-tarefa cumpriu 23 mandados de intimação, levando pessoas para prestar esclarecimentos na delegacia.

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