Em reunião recente, a Câmara Legislativa do Distrito Federal decidiu pela cassação do mandato do deputado Carlos Xavier, que anteriormente ocupava o cargo de corregedor do órgão. Sua acusação envolve o suposto assassinato de um jovem de 16 anos que mantinha um relacionamento com sua ex-mulher.
A decisão que determinou o destino de Xavier foi tomada por 23 deputados. Dentre eles está José Edmar, que preside a Comissão de Assuntos Fundiários e já teve passagem de 29 dias na prisão no ano anterior, por acusações de formação de quadrilha, corrupção passiva e parcelamento ilegal do solo urbano.
Outro membro da casa é Pedro Passos, atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça, notório por ter sido flagrado em diálogos comprometedores sobre grilagem de terras, inclusive com o governador Joaquim Roriz. Passos foi apontado por uma CPI como o principal invasor de terras públicas no Distrito Federal.
Wigberto Tartuce, conhecido como “Wigão”, também integra a lista de deputados. Apesar de sua fortuna, foi acusado pelo Tribunal de Contas da União de contribuir com desvios milionários durante seu cargo como secretário do Trabalho de Roriz. O dinheiro destinado ao treinamento de trabalhadores desapareceu sem cumprir o propósito.
O presidente da Câmara, Benício Tavares, cadeirante e ex-presidente da Associação dos Deficientes Físicos do DF, foi condenado por desvio de verbas pela Justiça Superior. Odilon Aires e Gim Argello, que antes eram próximos, tiveram sua relação abalada por questões relacionadas a distribuição de lotes de forma irregular na aprovação de leis.
Por fim, Júnior Brunelli, deputado e obreiro de uma igreja evangélica famosa por ofertar terrenos celestiais aos fiéis, completa o quadro da situação política em Brasília.
Um dos argumentos utilizados em defesa de Xavier, “Quem nunca pecou que atire a primeira pedra”, não foi suficiente para evitar sua cassação, tornando-o o primeiro deputado da história da Câmara do DF a perder o mandato dessa forma.
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