A Rússia planeja adotar medidas retaliatórias contra jornalistas de Espanha, França e Bélgica devido à entrada ilegal no território russo em Kursk, local de uma ação militar ucraniana. A porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, antecipou a notícia nesta sexta-feira (23). Zakharova mencionou casos envolvendo jornalistas italianos e americanos e afirmou que jornalistas de outros países, como Espanha, França e Bélgica, também foram identificados. Processos criminais já foram abertos contra um jornalista americano da CNN e dois italianos da RAI por cruzarem a fronteira ilegalmente para cobrir os acontecimentos na região fronteiriça de Kursk.
Zakharova enfatizou que a Rússia está em processo de identificação dos jornalistas ocidentais que entraram no país sem autorização. Ela explicou que esses jornalistas não possuíam vistos, autorizações de residência ou credenciamento do Ministério das Relações Exteriores russo, requisitos essenciais para o exercício da atividade jornalística no país. As agências de aplicação da lei estão analisando os fatos para tomar as medidas necessárias.
Além disso, a Rússia recentemente bloqueou o acesso a sites de 81 veículos de comunicação europeus e nos últimos dias convocou o embaixador italiano e o encarregado de negócios dos EUA para protestar contra a conduta de seus jornalistas. A situação evidencia a postura rígida do país em relação à violação de suas fronteiras e normas legais. A diplomacia russa está atenta e determinada a proteger a integridade de suas fronteiras e a segurança nacional.
Com base nas informações da EFE, a questão envolvendo a entrada ilegal de jornalistas em território russo continua a ser um tema sensível e relevante para as autoridades russas. O caso reforça a importância do cumprimento das leis e regulamentos de cada país, bem como a necessidade de uma comunicação transparente e em conformidade com as normas estabelecidas. O desenrolar dessa situação pode ter impactos significativos nas relações entre a Rússia e os países envolvidos, destacando a complexidade e sensibilidade das relações internacionais no cenário atual.
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