Os funcionários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) não aceitaram a sugestão de aumento salarial apresentada pelo governo e optaram por manter a paralisação que já ultrapassa os 30 dias de duração. A greve teve início em 10 de julho e não há uma data prevista para seu término. Recentemente, ocorreu uma reunião de negociação entre os servidores e representantes do Ministério da Gestão, porém sem avanços consideráveis. Os servidores do INSS estão insatisfeitos com a não execução de um acordo firmado em 2022, o qual estipulava um reajuste salarial de 43% distribuído ao longo de dois anos. Em contrapartida, o governo propôs um aumento de 18% para os anos de 2025 e 2026, argumentando limitações orçamentárias que impediriam a concessão de aumentos salariais neste ano. Essa justificativa tem sido utilizada em negociações com outras áreas, como a dos professores. Além disso, os servidores contestam o corte de salários dos grevistas, considerando essa medida inadequada diante do cenário atual.
Outro ponto de descontentamento é a judicialização do conflito. O governo recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para assegurar que o atendimento nos postos do INSS não fosse completamente paralisado. A Justiça determinou que, no mínimo, 85% dos servidores continuem exercendo suas funções. Além do reajuste de 43%, os servidores pleiteiam uma reestruturação na carreira e um diálogo mais aberto com o governo. Até o momento, não há indícios de que o governo concederá às reivindicações dos servidores, e não há uma nova reunião agendada. O sindicato dos professores expressou solidariedade aos funcionários do INSS, criticando a postura adotada pelo governo federal. A situação permanece tensa, com os servidores mantendo suas demandas e o governo firme em sua política de contenção fiscal.
*Com informações de Luciana Verdolin
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