SP bate recorde histórico de focos de incêndio em agosto, diz Inpe

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No mês de agosto, o estado de São Paulo totalizou 3.175 focos de incêndio até a sexta-feira (23/8), estabelecendo um recorde histórico comparado aos meses de agosto desde 1998. Essa marca foi alcançada antes do fim do mês e supera o recorde anterior de 2010, quando foram registrados 2.444 focos. Esses números representam 63,8% do total de 4.973 focos contabilizados no estado até o momento em 2024.

Os dados, provenientes do monitoramento de focos ativos realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), indicam que somente entre quinta-feira (22) e sexta-feira (23), 2.316 focos de incêndio foram identificados em São Paulo. Esse número é quase sete vezes superior ao total de incidentes registrados durante todo o mês de agosto do ano passado, que foi de 352.


mapa focos

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Estradas do interior foram bloqueadas por conta dos incêndios

Trinta cidades de SP estão em alerta máximo para grandes queimadas
Autoridades se reúnem em gabinete de crise para lidar com incêndios no interior de SP
O Governador de São Paulo convocou uma reunião emergencial com o Secretário de Defesa do Estado e outras autoridades para discutir os focos de incêndio que assolam o estado. A preocupação com a situação tem sido crescente devido ao aumento significativo das queimadas em diversas regiões.

Imagens dramáticas mostram funcionários tentando conter as chamas em cima de um caminhão, que acabou tombando durante a operação de combate ao incêndio. A situação reforça a gravidade do cenário enfrentado pelas equipes de resgate e bombeiros que lutam incansavelmente contra o fogo.

Um mapa elaborado pelo Inpe destaca os pontos de incêndio ativos em todo o território paulista, evidenciando a extensão do problema. Estradas no interior tiveram que ser bloqueadas devido às queimadas, gerando transtornos logísticos e preocupação para a população local.

A cidade de Sertãozinho foi chocada por um incêndio de grandes proporções, refletindo a severidade da situação. Trinta municípios do estado estão em alerta máximo devido ao risco de novas queimadas, exigindo uma resposta rápida e eficaz das autoridades competentes.

Diante da gravidade do cenário, as autoridades estão se reunindo em um gabinete de crise para traçar estratégias e coordenar as ações de combate aos incêndios no interior de São Paulo. A união de esforços se faz essencial para minimizar os impactos e proteger a população e o meio ambiente da região.

Este momento de crise exige solidariedade, cooperação e mobilização de recursos para enfrentar os desafios impostos pelas queimadas. A conscientização sobre a importância da prevenção e do cuidado com as áreas florestais se torna ainda mais premente diante da atual situação de emergência em São Paulo.São Paulo lidera a lista de incêndios no país nesta semana, ultrapassando estados da Amazônia Legal, que têm o maior registro de queimadas em 17 anos, em meio a uma seca que afeta mais de mil cidades brasileiras. A fumaça já impacta 10 estados e é prevista para persistir sobre o país até o fim de semana.

O Programa BDQueimadas, coordenado pelo Inpe, monitora os focos ativos por meio de satélites de referência, permitindo a comparação entre diferentes períodos e a análise dos dados que compõem a série histórica.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), determinou na sexta-feira (23) a instauração do Gabinete de Crise Emergencial pela Defesa Civil do estado, para lidar com os incêndios florestais que assolam principalmente o interior paulista.

Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergência da Defesa Civil, 30 cidades do estado estão em alerta máximo para queimadas, todas elas registrando focos ativos de incêndio até a noite de sexta-feira (23).

As cidades mais afetadas incluem Alumínio, Araraquara, Bernardino de Campos, Boa Esperança do Sul, Dourado, Iacanga, entre outras, totalizando 30 municípios. Pitangueiras é a cidade com mais focos de incêndio, somando 86 registros, seguida por Altinópolis com 62 focos e Sertãozinho com 55, totalizando 203 focos entre as três cidades.

Posteriormente, Pontes Gestal, Urupês, Salmourão e Pontal se destacam com 165 casos em conjunto. Ribeirão Preto também está entre as 20 cidades do estado com mais ocorrências, registrando 32 focos.

O levantamento completo do Inpe revela que Pitangueiras lidera com 86 focos, seguida por Altinópolis com 62 focos, Altinópolis com 62 focos.A situação dos incêndios na região preocupa as autoridades locais, destacando-se as cidades afetadas. Sertãozinho registrou 55 focos de incêndio, seguido por Pontes Gestal com 45 focos. Urupês, teve 41 focos, enquanto Salmourão contou com 40 focos e Pontal com 39 focos. A cidade de Altair e José Bonifácio apresentaram 38 focos cada. Dourado, Olímpia e Patrocínio Paulista tiveram 37 focos cada.

Outras cidades também foram impactadas, como Andradina, Ibitinga e Jaboticabal, com 34 focos cada. Areiópolis registrou 33 focos, Barrinha e Onda Verde contabilizaram 32 focos, assim como Ribeirão Preto. Santa Cruz da Esperança ficou com 31 focos de incêndio. Os números demonstram a gravidade da situação e a necessidade de ações efetivas para combater os incêndios florestais.

Os moradores locais e equipes de bombeiros estão mobilizados para controlar as chamas que ameaçam a vegetação e a vida selvagem. A seca e as altas temperaturas têm contribuído para a propagação rápida dos incêndios, aumentando os desafios enfrentados pelas equipes de combate a incêndios.

Além dos impactos ambientais, os incêndios também representam uma ameaça à saúde da população, devido à fumaça tóxica liberada durante a queima da vegetação. Por isso, é essencial agir rapidamente para conter esses incêndios e proteger o meio ambiente e as comunidades locais.

As autoridades estão monitorando de perto a situação e coordenando esforços para combater os incêndios em várias frentes. A prevenção e a conscientização da população sobre as práticas seguras são fundamentais para evitar novos focos de incêndio no futuro.

Neste momento crítico, a solidariedade e a união de todos são essenciais para superar essa emergência e proteger o meio ambiente. A preservação das florestas e a vida selvagem dependem do esforço conjunto de cada cidadão em cuidar e conservar a natureza para as gerações futuras.

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