Recentemente, a Ucrânia anunciou avanços em território russo, com mais de 1.000 km² controlados e a tomada da cidade de Sudzha, a 8 km da fronteira. Esse avanço significativo quebrou uma sequência de reveses enfrentados pelas tropas ucranianas nos últimos meses, diante da invasão russa em curso há mais de dois anos e meio.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, destacou que as tropas avançaram 35 quilômetros na região de Kursk e tomaram 82 localidades, totalizando uma área de 1.150 km². O general Sirski informou que uma administração militar foi estabelecida na região para manter a ordem e atender às necessidades da população local.
Em meio ao conflito, mais de 120.000 russos foram deslocados, e na cidade de Sumy, no lado ucraniano da fronteira, pessoas prestaram homenagem a militares mortos na ofensiva. Enquanto isso, em Kursk, centenas de evacuados aguardavam por assistência humanitária, demonstrando o impacto dos confrontos na região.
As forças russas anunciaram a retomada do vilarejo de Krupets e reforços foram enviados para conter os ataques ucranianos na região de Kursk. Além disso, a região de Belgorod também está sendo preparada para possíveis ações defensivas, como afirmou o ministro russo da Defesa.
Enquanto isso, no leste e sul da Ucrânia, bombardeios russos resultaram na morte de pelo menos cinco pessoas, com ataques concentrados na região do Donbass. A captura de Ivanivka pelas tropas russas mostra um avanço contínuo em direção a Pokrovsk, uma cidade crucial para o suprimento das forças ucranianas.
A ofensiva em larga escala realizada pela Ucrânia é justificada como uma medida de autodefesa, enquanto especialistas acreditam que também pode ser uma estratégia para aliviar a pressão no front leste. Apesar dos avanços, os desafios persistem na região do Donbass, alvo principal das investidas russas.
Em meio a esse cenário de conflito, a população civil tem sido impactada, com mortes, feridos e deslocamentos em larga escala. A situação continua a evoluir, com ambas as partes buscando ampliar suas posições e influência na região. A incerteza e a tensão seguem dominando a região de Kursk, refletindo a gravidade desse confronto.
*Com informações da AFP
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