O artista gospel Davi Sacer se pronunciou em suas redes sociais após vir à tona que ele foi um dos alvos de relatórios elaborados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a pedido do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O fato foi revelado pelo jornal Folha de S.Paulo, que destacou uma troca de mensagens entre assessores de Moraes, evidenciando que Sacer teve sua conta no Twitter bloqueada em 15 de novembro de 2022, durante investigações sobre manifestações pró-Bolsonaro em Nova York.
De acordo com a reportagem, a decisão de incluir Davi Sacer nos relatórios partiu do próprio ministro Moraes, após uma denúncia feita pelo ex-deputado federal Alexandre Frota (PDT). O juiz instrutor de Moraes no STF, Airton Vieira, foi quem solicitou a inclusão das publicações do cantor em um relatório com o intuito de bloquear sua conta na rede social. Vieira encaminhou capturas de tela das postagens de Sacer para Eduardo Tagliaferro, à época chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) do TSE, requisitando a inclusão no relatório.
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Apesar da análise de Tagliaferro sobre a relevância do cantor gospel, que poderia mobilizar tanto católicos quanto evangélicos em sua defesa, a solicitação de Moraes se sobressaiu. “O problema é que foi o Ministro quem passou. Depois recebi pelo Deputado Frota… Paciência. Vamos em frente,” respondeu o juiz.
Em resposta ao bloqueio e às informações divulgadas, Davi Sacer utilizou sua conta no Instagram para abordar o ocorrido e pedir apoio espiritual. “Nossa luta é contra principados e potestades. Orem por mim!!!”, escreveu o cantor, referindo-se a um trecho bíblico e demonstrando preocupação com as medidas tomadas contra ele.
O bloqueio da conta de Sacer no Twitter aconteceu após supostamente ter feito comentários favoráveis aos manifestantes bolsonaristas em Nova York, onde ministros do STF, incluindo Moraes, estavam presentes em um evento. Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro organizaram protestos na cidade, com xingamentos e assédio aos ministros em locais públicos.
A assessoria de Moraes afirmou que todos os procedimentos foram “oficiais, regulares e estão devidamente documentados nos inquéritos e investigações em andamento no STF, com participação integral da Procuradoria-Geral da República.”
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