Um político com mandato de vereador e candidato ao mesmo cargo em Paripiranga, na divisa entre Bahia e Sergipe, teve sua solicitação de mudança de local para o julgamento negada pela Justiça. Alexandre Magno, que nega as acusações, buscava que o júri popular ocorresse em decorrência da morte do médico José Carlos Bezerra Carvalho, em maio de 2014, na mesma cidade.
Magno buscava reverter a decisão do Tribunal de Justiça do Estado (TJ-BA) que determinou o “desaforamento” do júri, ou seja, a realização do julgamento em outra cidade, neste caso em Salvador.
Segundo a Corte, a mudança de local visava evitar a possível influência “social e política” exercida por Alexandre Magno. Além de atuar como vereador desde 2016, Magno ocupava o cargo de procurador jurídico do município na época do homicídio. Outro fator seria a influência da memória da vítima, que era um político influente, tendo concorrido às eleições de 2008 e 2012 pelo PT. A data do julgamento ainda não foi marcada.
Juntamente com Alexandre Magno, foram acusados pelo crime Igor de Menezes Carvalho e Leonardo Fraga Guimarães. O Dr. Zé Carlos, como era conhecido, foi assassinado na noite de 2 de maio de 2014. O médico foi alvejado por disparos de dois homens em uma motocicleta quando saía de uma clínica.
As acusações do Ministério Público Estadual (MP-BA) apontam Alexandre Magno como o mandante do crime, motivado por conflitos políticos. A execução do homicídio teria sido realizada por Leonardo Fraga Guimarães, com Igor de Menezes Carvalho dirigindo a motocicleta utilizada no assassinato. Ambos os últimos foram presos.
Em setembro do ano passado, a defesa de Leonardo Fraga tentou um habeas corpus, mas o pedido foi negado pelo ministro Cristiano Zanin do Supremo Tribunal Federal (STF). A denúncia contra Alexandre Magno foi assinada pelo promotor Gildásio Rizério. Alexandre Magno e Dr. Zé Carlos pertenciam a grupos políticos rivais em Paripiranga.
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