Kassab diz entender dor de Marcos Pereira, mas coloca partidos como concorrentes na Câmara

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(FOLHAPRESS) – O presidente do PSD, Gilberto Kassab, afirmou nesta quarta-feira (4) que não pode ser responsabilizado pela desistência do presidente do Republicanos, Marcos Pereira, da corrida pela presidência da Câmara.

 

Kassab disse ainda que compreende a dor de Pereira por ver frustrado o sonho de presidir a Câmara, mas que o PSD não poderia renunciar a uma candidatura legítima, ainda mais a cinco meses da eleição.

Nesta quarta, Pereira atribuiu a Kassab sua decisão de desistir da disputa porque o presidente do PSD não aceitou abrir mão da candidatura de Antonio Brito em apoio ao Republicanos.

“Compreendo que ele [Pereira] esteja frustrado. A frustração sempre traz uma dor. Mas, lamentavelmente, não podemos acompanhá-lo neste projeto. O PSD já tem um candidato”, alegou Kassab.

Secretário de governo da gestão Tarcísio de Freitas em São Paulo, Kassab lembrou as alianças com o Republicanos, inclusive em São Paulo, para mostrar a parceria entre os dois partidos. Mas alegou que, na disputa pela presidência da Câmara, os projetos do Republicanos e do PSD são concorrentes.

Kassab reconheceu que, na política, entendimentos acontecem. Mas disse que, neste momento, a intenção é levar adiante a candidatura de Brito. “Aprendi com minha experiência que, em política, cinco meses são uma eternidade. Muita coisa pode acontecer. Mas nossa disposição é ir até o fim.”

Ainda em resposta às críticas de Pereira, Kassab disse que se responsabiliza somente pelas decisões do partido que preside. “Respondo pelos atos do PSD, que tem uma candidatura legítima.”

Kassab rechaçou a avaliação de que tenha sofrido uma derrota com a renúncia de Pereira em favor do líder do Republicanos, Hugo Motta (PB). Ele diz que não vê derrota na manutenção de um candidato que conta com o respeito dos deputados e repetiu que a eleição é apenas em fevereiro.

“Derrota por quê? Porque não ajudamos o Marcos Pereira? O candidato do PSD é Antonio Britto.”

Em uma operação que contou com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e articuladores de seu governo, Pereira desistiu da disputa nesta terça-feira (3) para dar lugar ao líder do seu partido na Casa. Para ele, o parlamentar é capaz de reunir consenso em torno do seu nome, algo que ele não conseguiu fazer.

O presidente do Republicanos tentava convencer Kassab desde a semana passada a abrir mão da pré-candidatura do líder do PSD na Câmara, Antonio Brito (BA), para apoiá-lo. Brito e Kassab, porém, rechaçaram essa hipótese.

“[A relação] segue a mesma, eu só vou olhar para ele [Kassab] lembrando que ele me impediu de ser o presidente da Câmara”, disse Pereira, em referência às alianças com o PSD.

O nome de Motta era ventilado nos bastidores como possibilidade de uma candidatura de consenso, por ele ter bom trânsito entre parlamentares de diversos partidos na Câmara, mas esbarrava em Marcos Pereira -que, até então, negava qualquer possibilidade de renúncia.

A consolidação da candidatura de Motta depende do convencimento dos pré-candidatos do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), e do MDB, Isnaldo Bulhões (AL), além do próprio Brito.

Leia Também: Pablo Marçal muda o tom e sai em defesa do presidente do PRTB

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