Bolsonaro irrita aliados aos “jogá-los aos leões” em comícios

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Aliados de Jair Bolsonaro ficaram irritados com as críticas públicas feitas recentemente pelo ex-presidente a deputados federais e senadores que votaram pela aprovação da reforma tributária.

Nas últimas semanas, Bolsonaro aproveitou discursos em comícios eleitorais para atacar não apenas conteúdo da reforma, mas também os parlamentares que votaram a favor da proposta no Congresso Nacional.

Jair Bolsonaro em Ribeirao Preto
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Jair Bolsonaro em Balneário Camboriú (SC)

Reforma foi aprovada com um grande acordo na Câmara, que envolveu partidos de deputados aliados de Bolsonaro
Presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e presidente Lula na cerimônia de promulgação da reforma tributária, em dezembro de 2023
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Aliados estão irritados com

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Jair Bolsonaro em Balneário Camboriú (SC)

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Reforma foi aprovada com um grande acordo na Câmara, que envolveu partidos de deputados aliados de Bolsonaro

Marina Ramos/Câmara dos Deputados

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Presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e presidente Lula na cerimônia de promulgação da reforma tributária, em dezembro de 2023

Ricardo Stuckert

Em suas falas, o ex-presidente estimulou a população a cobrar os parlamentares que votaram a favor do texto da reforma enviado pelo governo Lula e aprovado após um grande acordo na Câmara e no Senado.

“Porque o PT comprou voto dentro do Parlamento, aprovou a reforma tributária. E essa conta quem vai pagar são vocês. Tem que pegar o deputado do Paraná que votou sim à PEC, quando começar a vir a conta para vocês pagarem, e perguntar: ‘deputado, por que você votou esse negócio? O que tem de bom aí?””, disse o presidente em comício em Londrina (PR) no último dia 31 de agosto.

Parlamentares aliados de Bolsonaro que votaram a favor do texto não gostaram da postura do presidente. Eles alegam que seguiram a orientação partidária e do próprio presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

A PEC foi aprovada na Câmara, com 371 votos favoráveis, e no Senado, com 54 votos. Muitos desses parlamentares são políticos de direita e centro-direita que se consideram aliados de Bolsonaro.

Na lista, há diversos parlamentares do PL, partido do ex-presidente, e integrantes das bancadas evangélica, do agronegócio e da segurança pública, historicamente aliadas a Bolsonaro.

Na avaliação de parlamentares bolsonaristas, o ex-mandatário “joga aos leões” seus próprios aliados quando critica quem votou a favor da aprovação da reforma tributária.

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