Durante a realização da Operação, as equipes da PCDF executaram mandados de busca na suposta empresa de transportes aberta pelo ex-caminhoneiro transformado em traficante. No endereço, somente uma placa com a inscrição LLM Transportes e Logística indicava a suposta sede da empresa. Contudo, o local encontrava-se desocupado, sem indícios de qualquer atividade comercial. Constatou-se tratar de uma empresa fictícia, conforme as apurações da Draco.
Os investigadores descobriram que o ex-caminhoneiro solicitou o valor de R$ 30 mil por um transporte de drogas entre o Norte e o Centro-Oeste do país. Estima-se que ele poderia lucrar mais de 100 mil reais por mês com tal atividade ilícita.A investigação revelou a existência de um esquema sofisticado que combinava mercadorias legais e ilegais, incluindo o transporte de drogas.
A Operação Dog Head executou 127 medidas judiciais, das quais 25 foram de prisão temporária, 51 de busca e apreensão, 27 de sequestro de bens e 25 de bloqueio de contas bancárias. Segundo as investigações, o grupo atuava tanto no atacado, comércio e transporte, quanto no varejo da venda de substâncias ilícitas. Mandados de busca e apreensão foram realizados em endereços residenciais e empresas ligadas aos membros do grupo criminoso.
No Distrito Federal, as diligências ocorreram em diversas regiões, incluindo Brasília, Águas Claras, Ceilândia, Taguatinga Sul, Samambaia, entre outras. Em outros estados, a operação abrangeu cidades como Goiânia e Senador Canedo em Goiás, Maceió em Alagoas, Manaus e Tabatinga no Amazonas, entre outras localidades.
Como resultado das investigações, foi determinado o confisco de um imóvel, veículos e valores de várias contas bancárias ligadas aos investigados, testas de ferro e empresas fictícias usadas no esquema.
O objetivo principal era interromper o fluxo financeiro e enfraquecer a estrutura econômica da organização criminosa. A investigação desvendou um esquema elaborado de lavagem de dinheiro por meio de empresas de fachada, movimentando R$ 200 milhões para a aquisição de drogas e manutenção das atividades criminosas.
Denominada Dog Head, a operação recebeu esse nome em referência à área conhecida como Cabeça do Cachorro, na fronteira do Brasil com a Colômbia, Peru e Venezuela, no estado do Amazonas. Essa região é estratégica para o tráfico de drogas, servindo como ponto de passagem e distribuição de entorpecentes adquiridos por organizações criminosas.
As investigações apontaram a participação de ex-membros da extinta FDN em atividades ilícitas complexas, como o tráfico de drogas e o uso de empresas de fachada para movimentação de recursos financeiros destinados à expansão da facção criminosa.
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