O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, decidiu pela decretação de uma nova ordem de prisão preventiva dos ativistas bolsonaristas Oswaldo Eustáquio e Allan dos Santos no dia 14. Ambos já estavam foragidos de uma ordem de prisão anterior, emitida por Moraes durante a gestão de Bolsonaro.
A Polícia Federal (PF) solicitou a prisão de Eustáquio e Allan dos Santos. A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou contra a medida: “Não há atividades ilícitas novas ou recentes que justifiquem a continuidade dos riscos à ordem pública, à instrução criminal ou à aplicação da lei penal”, declarou o procurador-geral da República, Paulo Gonet, em documento enviado ao STF no final de julho.
Oswaldo Eustáquio e Allan dos Santos são alvo de investigações por supostos crimes de obstrução de investigação, violação de sigilo, incitação ao crime e corrupção de menores. De acordo com a PF, o grupo atuou nas redes sociais para intimidar delegados que investigam casos no STF.
No mesmo dia 14, além da nova prisão dos dois ativistas bolsonaristas, Moraes determinou a apreensão do passaporte e o bloqueio das redes sociais do senador Marcos do Val, do Podemos do Espírito Santo. A PF defendeu a prisão do parlamentar, mas tanto a PGR quanto Moraes rejeitaram a medida, conforme reportado pela coluna nesta quarta-feira (11/9).
A PF também realizou uma busca na residência de Eustáquio em Brasília, onde vivem sua filha adolescente e esposa. A adolescente foi incluída na investigação devido à suspeita de que estivesse sendo utilizada pelo ativista para contornar as restrições impostas pelo STF. Eustáquio encontra-se na Espanha, onde solicitou asilo.
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