Aliados de Jair Bolsonaro ficaram irritados com as críticas públicas feitas recentemente pelo ex-presidente a deputados federais e senadores que votaram pela aprovação da reforma tributária.
Nas últimas semanas, Bolsonaro aproveitou discursos em comícios eleitorais para atacar não apenas conteúdo da reforma, mas também os parlamentares que votaram a favor da proposta no Congresso Nacional.
Em suas falas, o ex-presidente estimulou a população a cobrar os parlamentares que votaram a favor do texto da reforma enviado pelo governo Lula e aprovado após um grande acordo na Câmara e no Senado.
“Porque o PT comprou voto dentro do Parlamento, aprovou a reforma tributária. E essa conta quem vai pagar são vocês. Tem que pegar o deputado do Paraná que votou sim à PEC, quando começar a vir a conta para vocês pagarem, e perguntar: ‘deputado, por que você votou esse negócio? O que tem de bom aí?””, disse o presidente em comício em Londrina (PR) no último dia 31 de agosto.
Parlamentares aliados de Bolsonaro que votaram a favor do texto não gostaram da postura do presidente. Eles alegam que seguiram a orientação partidária e do próprio presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
A PEC foi aprovada na Câmara, com 371 votos favoráveis, e no Senado, com 54 votos. Muitos desses parlamentares são políticos de direita e centro-direita que se consideram aliados de Bolsonaro.
Na lista, há diversos parlamentares do PL, partido do ex-presidente, e integrantes das bancadas evangélica, do agronegócio e da segurança pública, historicamente aliadas a Bolsonaro.
Na avaliação de parlamentares bolsonaristas, o ex-mandatário “joga aos leões” seus próprios aliados quando critica quem votou a favor da aprovação da reforma tributária.
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