De moradores a satélites: como Defesa Civil monitora incêndios em SP

O combate aos incêndios florestais é uma operação que demanda diversos recursos e estratégias para ser eficaz. Entre os recursos utilizados, destacam-se bombas costais, abafadores, caminhões-pipa, caminhões-bomba de água, helicópteros e aviões. Esses equipamentos são essenciais para controlar as chamas e conter a propagação do fogo.

A Defesa Civil desempenha um papel fundamental nesse processo, contando com uma rede de colaboração que vai desde o emprego de tecnologias avançadas até o alerta à população civil. É uma ação conjunta que envolve diferentes setores da sociedade, visando combater os incêndios e proteger o meio ambiente e as comunidades afetadas.

Além dos recursos físicos, como equipamentos e veículos especializados, a monitorização dos focos de incêndio é uma etapa crucial. Por meio de satélites de referência, a localização e o acompanhamento dos focos ativos são realizados, permitindo uma resposta mais ágil e eficiente por parte das equipes de combate.

No mês de setembro, foram registrados 806 focos ativos de incêndio até o último domingo. Esses números evidenciam a importância de aprimorar constantemente as estratégias de prevenção e combate a incêndios, a fim de minimizar os impactos ambientais e proteger as áreas atingidas.

O Sistema de Monitoramento e Alerta de Incêndios Florestais (SMAC) é uma ferramenta fundamental nesse contexto. Desenvolvido pela Defesa Civil em parceria com a Climatempo, o SMAC possibilita uma gestão mais eficiente das ocorrências, permitindo um monitoramento em tempo real e uma atuação mais eficaz diante dos incêndios.

Além das ações reativas, como o combate direto ao fogo, a prevenção e a educação ambiental desempenham um papel crucial na redução dos incêndios florestais. Campanhas de conscientização, treinamentos e ações de reflorestamento são medidas que contribuem para a preservação dos ecossistemas e para a segurança das comunidades.

Diante do cenário de aumento das ocorrências de incêndios florestais, é fundamental que governos, instituições e sociedade civil atuem de forma conjunta e proativa para proteger as áreas naturais e garantir a segurança da população. O investimento em tecnologias, a capacitação de equipes e a conscientização da sociedade são chaves para enfrentar esse desafio de forma eficaz e sustentável.O monitoramento registrou 806 focos ativos de incêndio em setembro até o momento no estado de São Paulo, um aumento de 2,1 vezes em comparação com o total para todo o mês em 2023, quando houve 375 focos ativos.

Uma abordagem adicional para acompanhar os incêndios é a melhoria do sistema SMAC, uma parceria entre a Defesa Civil e a Climatempo. Esse sistema utiliza inteligência artificial e análises de imagens de satélite para identificar focos de queimada em tempo real.

De acordo com o capitão Farina, “Os dados dos satélites não confirmam a presença real de um foco de incêndio, pois captam a temperatura do terreno. A Defesa Civil realiza uma verificação dupla para encontrar correspondências nos sistemas e, em seguida, filtra os focos potenciais para validar com os agentes da Defesa Civil no local.”

Outra maneira de detectar incêndios é através da ação das autoridades, por meio do gabinete de crise estabelecido pelo governo do estado. Esse gabinete envolve as Secretarias de Segurança Pública (SSP), Agricultura e Abastecimento, Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, juntamente com o efetivo das Forças Armadas, Fundação Florestal, Departamento de Estradas de Rodagem, Defesas Civis Municipais e brigadistas voluntários.

Além disso, a população desempenha um papel fundamental ao alertar as autoridades sobre possíveis focos de incêndio. Segundo Farina, “Os cidadãos comuns identificam pontos de fogo, acionam as autoridades e nós realizamos a devida verificação.”

Ao adotar diversas estratégias e aprimorar os métodos de vigilância, a Defesa Civil do Estado de São Paulo e demais órgãos competentes conseguem atuar de forma mais eficiente no combate aos incêndios, garantindo a proteção das áreas afetadas e da população em geral.Para combater as queimadas, a Defesa Civil conta com o Mapa de Risco de Incêndio, uma ferramenta tecnológica crucial para o monitoramento dos focos nos próximos dias. Esse recurso permite acompanhar de perto a evolução das áreas em perigo, auxiliando nas ações de prevenção e combate aos incêndios florestais.

O Mapa de Risco de Incêndio oferece uma visão clara da situação em diferentes regiões, permitindo identificar as áreas mais vulneráveis e adotar medidas preventivas de forma mais eficaz. Com a capacidade de prever os locais com maior probabilidade de ocorrência de incêndios, a Defesa Civil consegue direcionar seus esforços de forma estratégica, otimizando recursos e protegendo o meio ambiente.

Por meio de imagens como as disponibilizadas abaixo, é possível visualizar a variação do risco de incêndio em diferentes datas. Essas representações gráficas facilitam a compreensão dos dados e contribuem para o planejamento de ações emergenciais. Com uma abordagem proativa, a Defesa Civil busca antecipar situações de perigo, minimizando os impactos causados pelos incêndios.

Além da prevenção, a atuação da Defesa Civil também engloba a resposta rápida a situações de emergência. A equipe especializada está preparada para intervir prontamente em casos de incêndios, coordenando operações de combate e evacuação, visando garantir a segurança da população e do patrimônio ambiental.

A conscientização da sociedade sobre a importância da preservação ambiental e da prevenção de incêndios florestais também é fundamental. O engajamento da população em ações de proteção do meio ambiente contribui significativamente para a redução dos riscos de queimadas, promovendo um ambiente mais saudável e sustentável para as presentes e futuras gerações.

Diante do aumento da ocorrência de incêndios florestais, é essencial fortalecer as estratégias de prevenção e combate a essa grave ameaça. O uso de tecnologias como o Mapa de Risco de Incêndio se mostra imprescindível nesse cenário, fornecendo informações precisas e atualizadas para orientar as ações de proteção ambiental. juntos, podemos preservar as nossas florestas e garantir um futuro mais seguro e equilibrado para todos.O risco de incêndio no estado de São Paulo em 12/9 está sendo monitorado pela Defesa Civil do Estado de São Paulo. As autoridades têm alertado para a importância da prevenção e do combate eficaz a possíveis focos de incêndio. A situação é acompanhada de perto devido à combinação de fatores climáticos e ambientais que podem propiciar a propagação do fogo.

No enfrentamento aos incêndios, os agentes destacam os desafios relacionados às condições climáticas desfavoráveis. O capitão Farina ressalta que a ação dos ventos fortes pode ser um fator crítico para espalhar o fogo rapidamente, tornando o acesso ao local uma dificuldade adicional.

Durante a operação de combate aos incêndios, recursos como bombas costais, abafadores, caminhões-pipa, caminhões-bomba de água, helicópteros e aviões são essenciais. As equipes utilizam estratégias específicas, levando em consideração a gravidade da situação e a acessibilidade ao local do incêndio.

Um dos pontos fundamentais para lidar com incêndios é a prevenção. A Defesa Civil do Estado de São Paulo iniciou no início de abril uma série de oficinas preparatórias para a temporada de combate a incêndios. Essas oficinas, realizadas em parceria com prefeituras e o Corpo de Bombeiros, visam antecipar estratégias para o enfrentamento dos incêndios durante a estiagem.

Durante as oficinas de capacitação, equipes estaduais percorrem cidades paulistas, oferecendo treinamentos para agentes das Defesas Civis municipais, brigadistas, voluntários e até pequenos agricultores. O foco está na redução de queimadas e incêndios, tanto em áreas urbanas verdes quanto em regiões de matas e florestas, visando um combate eficaz e uma atuação preventiva.

Além de abordar questões teóricas, os treinamentos oferecidos incluem métodos práticos para lidar com situações de emergência, como planos de contingência, previsão meteorológica, alertas de desastres, manejo de incêndios florestais e danos ambientais, e cuidados com a saúde pública durante períodos críticos de estiagem.

A iniciativa visa preparar de forma abrangente diversos agentes envolvidos, capacitando-os para lidar de maneira eficaz e coordenada em situações de risco. A integração de diferentes setores e a disseminação de conhecimentos são essenciais para a proteção do meio ambiente e da população diante do desafio constante representado pelos incêndios.