Ex-assessor de Binho Galinha alega ser único responsável e pede prisão domiciliar para cuidar do filho; mudança de regime é negada

Publicado:

Em mais um esforço, Bruno Borges França, ex-colaborador do deputado estadual Binho Galinha (PRD), teve sua nova solicitação de habeas corpus rejeitada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). No recurso, indeferido pelo ministro Joel Ilan Paciornik, o cidadão baiano buscava a alteração do regime de detenção ou o cancelamento da prisão preventiva. 

A defesa de França alegou a existência de um “excesso de prazo para a formação da culpa”, uma vez que o ex-assessor “permanece detido há mais de 167 dias sem conclusão da instrução criminal”. Além disso, afirmou não ter sido apresentada uma “fundamentação idônea” para a manutenção da prisão preventiva. 

Também argumentou que não teve acesso a todos os dados processuais digitais necessários para preparar uma resposta às acusações dos crimes imputados. 

França é um dos investigados na Operação El Patrón, deflagrada pela Polícia Federal em dezembro do ano passado, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em lavagem de dinheiro proveniente de jogos de azar, agiotagem, extorsão, receptação qualificada, entre outros crimes, atuante em Feira de Santana e arredores. O deputado estadual baiano figura como principal liderança do grupo. 

LEIA TAMBÉM:

  • Em uma nova decisão, STJ nega o cancelamento da prisão preventiva do ex-assessor de Binho Galinha

  • STJ conclui julgamento do recurso do filho de Binho Galinha e o caso retorna ao TJ-BA

  • Operação El Patrón: PM é sentenciado a 5 anos de prisão por envolvimento com tráfico de drogas

Bruno Borges França é indicado como membro do núcleo financeiro da organização, sendo um dos principais operadores no que diz respeito à lavagem de dinheiro, e é considerado um “homem de extrema confiança” de Binho Galinha – tido como líder da organização criminosa -, atuando em uma posição de confiança no gabinete parlamentar. 

Ao solicitar a concessão da prisão domiciliar, a defesa de Bruno argumenta ainda que ele é o único responsável por seu filho, de apenas 10 anos, e que a criança depende de seus cuidados.

Em fevereiro, o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) já havia rejeitado um habeas corpus para o ex-assessor, enfatizando seu papel dentro da organização criminosa. Esse ponto foi ressaltado pelo ministro do STJ em sua decisão, destacando que o réu apresentou um pedido idêntico à Corte superior, que já havia sido rejeitado anteriormente pelo TJ-BA. 

O ministro determinou o envio da decisão ao Ministério Público Federal. A determinação é datada de 28 de agosto e foi anexada ao processo original em tramitação no TJ-BA na última segunda-feira (9).

Comentários Facebook

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Ricardo Lima, presidente da FBF, ressalta importância do Campeonato Intermunicipal: “Se torna um trabalho social”

No lançamento do Campeonato Intermunicipal Ednaldo Rodrigues 2025, Ricardo Lima, presidente da Federação Bahiana de Futebol (FBF), destacou o papel vital dessa competição,...

Comitiva de senadores inicia missão nos EUA com reunião em Washington

Uma comitiva de senadores brasileiros acaba de iniciar uma missão crucial nos Estados Unidos, buscando fortalecer relações comerciais e reverter uma impactante taxa...

Ednaldo Rodrigues celebra estar de volta ao lançamento do Campeonato Intermunicipal: “Prazer muito grande”

Ednaldo Rodrigues, ex-presidente da CBF e da FBF, teve a oportunidade de retornar ao Campeonato Intermunicipal, um evento que carrega seu nome, após...