Wladimir Costa, ex-deputado federal pelo Solidariedade-PA, recebeu uma condenação de 12 anos de prisão pelo Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA) por diversos crimes, incluindo difamação agravada, extorsão, violência política de gênero e violência psicológica contra uma mulher, todos relacionados à deputada federal Renilce Nicodemos (MDB-PA).
Costa foi preso em abril pela Polícia Federal (PF) por cometer violência política ao expor a vida privada de Nicodemos em suas redes sociais, através de postagens ofensivas.
A sentença determinou que o acusado pague uma multa diária de um salário mínimo por 124 dias, totalizando mais de R$ 175 mil em penalidades.
CRONOLOGIA DA PRISÃO
Wladimir foi detido preventivamente em 18 de abril, porém, uma semana depois, um pedido de habeas corpus foi aceito pela Justiça Eleitoral do Pará, resultando na liberação do ex-deputado. Menos de um mês depois, em 14 de maio, Costa retornou à prisão, após o TRE suspender o habeas corpus. Desde então, ele permanece detido.
O advogado de Costa afirmou que seu cliente é inocente e que recorrerá à decisão, alegando que a pena imposta é demasiadamente elevada. De acordo com a lei, penas acima de 8 anos só podem ser cumpridas em regime fechado, mantendo assim o ex-deputado no sistema prisional do Pará.
Durante sua primeira prisão em abril, a deputada Renilce Nicodemos se manifestou sobre o caso, declarando em nota que já vinha enfrentando várias práticas criminosas cometidas por Costa nos últimos seis meses.
Além da pena de prisão, o TRE-PA determinou a remoção das postagens consideradas ofensivas de Costa, as quais foram a base para o mandado de prisão emitido contra o ex-deputado.
QUEM É WLADIMIR COSTA
Wladimir Costa foi eleito deputado federal em 2003, exercendo quatro mandatos na Câmara dos Deputados. Conhecido por fazer parte da chamada ‘tropa de choque’ de Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara, ele ganhou notoriedade ao mudar seu voto na Comissão de Ética da Câmara, após a cassação de Cunha se tornar inevitável.
Em 2016, teve seu mandato cassado pelo TRE-PA por crime de Caixa 2, por sonegar gastos que totalizaram R$ 410 mil. Contudo, devido à decisão em primeira instância, não foi obrigado a deixar o cargo.
Costa ficou em evidência na mídia em 2017 ao tatuar o nome do então presidente Michel Temer em seu ombro e ao solicitar fotos íntimas a uma mulher via WhatsApp durante votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) sobre denúncia contra Temer.
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