O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a comentar sobre a situação política da Venezuela e, apesar de voltar a não reconhecer a reeleição de Nicolás Maduro, afirmou que não pensa em romper relações com a Venezuela. A declaração aconteceu durante uma entrevista do chefe do Executivo à rádio Difusora, em Goiânia, nesta sexta-feira (6/9).
“A gente não aceitou o resultado das eleições, mas também não vamos romper relações”, declarou o presidente brasileiro, acrescentando que também não reconhece Edmundo González como vencedor do pleito.
Lula ainda se mostrou contrário a pressão internacional contra a Venezuela por meio de sanções e bloqueio econômico.
“Também não concordo com a punição unilateral, o bloqueio. Por que o bloqueio não prejudica o Maduro, o bloqueio prejudica o povo, e eu acho que o povo não deve ser vítima disso”.
O petista ainda falou em tom crítico sobre Maduro, de quem já foi um aliado mais próximo no campo da esquerda sul-americana. “Eu acho que o comportamento do Maduro é um comportamento que deixa a desejar. Aqui no Brasil, aprendemos a fazer democracia com muito sofrimento”, disse Lula.
A declaração do presidente brasileiro acontece em meio a incerteza de uma conversa entre Lula, Maduro, Obrador e Petro. Na última terça-feira (3/9), o chanceler da Colômbia, Luis Gilberto Murillo, informou que as diplomacias do Brasil, Venezuela, Colômbia e México trabalhavam para que os quatro líderes discutissem a situação venezuelana por telefone.
Até o momento, no entanto, a comunicação entre os presidentes ainda não aconteceu.
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