O prefeito do MDB, Ricardo Nunes, compartilhou sua experiência como vereador em uma entrevista no podcast Flow, direcionado a um público jovem online. Em uma linguagem informal, ele usou gírias para atacar Pablo Marçal, se posicionou como conservador e respondeu às acusações de ser considerado “comunista” e de “esquerda” pelo influenciador.
Durante a conversa, Nunes chamou o apresentador de “mano” várias vezes, substituiu a palavra “coisa” por “parada” em diversas ocasiões e enfatizou sua postura como vereador “casca de bala”, ao se opor a temas como a ideologia de gênero, a legalização do aborto e das drogas, além de defender a quebra de sigilo fiscal na CPI da Sonegação Tributária.
Contrariando as acusações, Nunes afirmou: “Eu não sou de esquerda, comunista, defensor da ideologia de gênero. Sou o oposto. Esse papo não rola. Vindo da periferia, a gente chama isso de crocodilagem”, questionando as credenciais “direitistas” de Marçal.
Um dos focos da campanha de Nunes é sua origem na periferia da zona Sul, destacando-o como um representante dessa realidade. Durante a entrevista, exibiu um vídeo de um discurso realizado quando vereador contra a inclusão da ideologia de gênero no Plano Municipal de Educação em 2015.
O prefeito também criticou propostas de Marçal, desacreditando a possível construção de um prédio de um quilômetro de altura, alegando que “a Prefeitura não constrói prédios” e questionando a viabilidade de teleféricos devido ao relevo da cidade.
Nunes mencionou ainda suspeitas de ligações entre membros do PRTB, partido de Marçal, e o Primeiro Comando da Capital (PCC). Citou casos envolvendo membros da sigla e suas possíveis relações com a organização criminosa.
Marçal negou qualquer envolvimento com as supostas irregularidades dentro do partido, enquanto os citados negaram suas conexões com o PCC, defendendo sua inocência.
Questionado sobre a suspeita de ligação de seu aliado Milton Leite com o crime, Nunes ressaltou a importância das investigações e da responsabilização caso haja culpa. Leite sempre negou qualquer envolvimento com facções criminosas.
Comparando as situações, Nunes destacou a diferença entre os casos, enfatizando as acusações e evidências apresentadas. Lembrou episódios envolvendo membros do PRTB e conexões com o PCC para elucidar a gravidade das acusações.
Pablo Escobar foi um dos maiores traficantes de drogas da história.
“A questão central não é discutir qual é o voto da direita, mas sim escolher entre apoiar alguém que mente e está associado a uma organização criminosa [referindo-se ao voto em] e quem fala a verdade”, afirmou o prefeito.
Nunes afirma que ele, e não Bolsonaro, será o governante de São Paulo
Marçal emergiu como o principal concorrente de Nunes entre os eleitores de direita. Apesar de receber o apoio oficial de Jair Bolsonaro (PL), a maioria dos apoiadores do ex-presidente declaram que votarão no candidato do PRTB. Segundo a última pesquisa do Datafolha, Marçal tem 48% da preferência dos eleitores que votaram em Bolsonaro, contra 31% de Nunes.
No podcast, o prefeito destacou sua conexão com o ex-presidente, chegou a entoar um trecho da música “Volta Bolsonaro”, mas ressaltou que, se eleito novamente, será ele quem governará. “Quando surgir um problema, você virá falar comigo, não irá ligar para o Bolsonaro. O Bolsonaro foi muito atencioso quando estive lá em 2021 pedindo ajuda para a cidade, conseguimos zerar a dívida municipal com a União. […] Agora estamos unidos para derrotar a extrema-esquerda”, concluiu.
O artigo Nunes diz em podcast que foi vereador ‘casca de bala’ e que Marçal pratica ‘crocodilagem’ foi publicado inicialmente no site ISTO É DINHEIRO.
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